sábado, 12 de abril de 2014
Era uma vez em Nova York
"The immigrant", de James Gray (2013)
James Gray é um cineasta americano que sempre fez filmes intimistas, tendo como protagonista um Personagem amargurado pela vida. Foi assim nos excelentes "Amantes" e "Os donos da noite". ambos com seu ator fetiche, Joaquim Phoenix. Em "A imigrante", Gray desconstruiu tudo: criou um épico com ares de superprodução, ambientado em 1921, e dividindo os papéis principais com 2 protagonistas: Marion Cotillard e Joaquim Phoenix. A primeira interpreta Ewa, uma imigrante católica polonesa, que chega em Nova York com sua irmã Magda. Por estar doente, Magda é retida na alfândega e vai presa, e assim, as irmãs ficam separadas. Phoenix faz um malandro que recruta jovens imigrantes para fins de prostituição. No início arredia, Ewa sucumbe à profissão, para juntar dinheiro e poder resgatar sua irmã.
O filme "A cor púrpura", de Spielberg, toda hora me vinha em mente, por conta do mote da separação das irmãs e a epopéia d euma delas em descobrir o paradeiro da outra. A diferença é que Spielberg investiu sem culpa no melodrama, conquistando corações e mentes, e James Gray fica no meio do caminho. O seu filme é um grande novelão sem alma. Tudo é muito bonito: a direção de arte, a fotografia foda do mestre Darius Khondji , que entre outros, fotografou "Meia noite em paris", "Delicatessen"e "Seven". Os atores estão ok, mas longe de suas melhores performances, Jeremie Renner está apagado em cena, interpretando o mágico que cria o triângulo amoroso. No final, é um "Jules e jim" com ares igualmente trágicos, mas que sucumbe à frieza narrativa. Nota: 6
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