domingo, 24 de agosto de 2014
Não pare na pista- A melhor história de Paulo Coelho
de Daniel Augusto (2014)
"NPaulo Coelho é o escritor mais traduzido no mundo depois de Willian Shakespeare. Em 30 obras, seus livros venderam mais de 165 milhões de exemplares em 80 países. NO entanto, as suas adaptações para cinema e tv foram verdadeiros desastres de crítica e público. "Brida", novela da Rede Manchete, foi a última a ser exibida na emissora e acabou bruscamente. "Veronika decide morrer" , com Sarah Michelle Gellar, lançado em 2009, estreou e ninguém viu. Agora Paulo Coelho decidiu contar a sua história. Co-produzido pela Espanha e Brasil, a sua biografia , após ter visto o filme, é um verdadeiro novelão das oito. Tem de tudo: Pai autoritário, mãe passiva, o garoto virgem e que nunca namorou por ser feio, esquizofrenia, sonho de ser escritor rompido , golpe militar, traição, primeiro amor, mulheres e orgias, sexo, drogas e rock'n roll. Isso sem contar na inevitável virada. É um filme de auto-ajuda, que repete a todo tempo a seguinte frase: " Quando a gente sonha o universo conspira a nosso favor! "
Sao dois os grandes trunfos do filme: a fotografia extraordinária de Jacob Solitrenick, e o elenco uniforme e talentoso. Os irmãos Ravel e Julio Andrade, Fabiula Nascimento, Lucci Ferreira ( no papel de Raul Seixas) e Fabiana Gugli. Mas o destaque mesmo vai para enrique Diaz, primoroso no papel de Pedro, pai de Paulo Coelho. Comedido sem cair em estereótipos, o ator brilha em várias cenas, a destacar a que ele dirige carro e ouve uma música composta pelo filho e o reencontro emotivo dos dois numa festa na casa do pai.
Pontos fracos: o roteiro, que vai e volta no tempo, cansando o espectador e que fica toda hora colocando legenda cronológica( anos 60, 70, 80 2013). E para mim, o maior erro do filme: ter colocado Fabiana Gugli e Julio Andrade para interpretaram Cristina e Paulo Coelho em 2013. Deveriam ter substituido por atores condizentes com a idade dos personagens nessa fase. Fabiana não envelheceu dos anos 80 a 2013, mantendo a mesma fisionomia, enquanto Paulo Coelho sofreu uma caracterização drástica, cheio de próteses, que o impede de mexer os músculos da face. Me chamou a atenção o tempo todo pela rigidez das feições do rosto.
O filme vale pela curiosidade de se conhecer a vida de Paulo Coelho, mesmo que em pílulas, e pelo trabalho estético, bonito.
N!ao gostei do merchandising forçado da grife "Cavalera" que surgiu no filme.
Nota: 7
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