terça-feira, 26 de agosto de 2014
Borderline- Sem limites
"Borderline", de Lyne Charlebois (2008)
Baseado no livro da escritora Marie-Sissi Labrèche, co-autora do roteiro, escrito com Lyne Charlebois, também cineasta, esse filme canadense é um drama erótico que fala sobre uma mulher que chega na idade dos 30. Com a idade, Kiki, estudante de literatura, revê o seu passado tortuoso: a sua relação com sua mãe que enlouqueceu e que foi internada em uma clínica psiquiátrica; a sua formação com sua avó que só pensa na morte; o distanciamento com seu pai, que é impedido pela avó de vê-la. Adulta, ela sofre de síndrome de Borderline, um transtorno semelhante à bipolaridade, onde o doente sofre mudanças bruscas de humor. Para atenuar todas as marcas do passado, Kiki se entrega à bebida e ao sexo desenfreado.
Com boas atuações do elenco, e o retorno de Jean Hughes Anglade (de "Betty Blue"), aqui no papel do professor de Kiki, o filme é um drama tortuoso e depressivo sobre a infelicidade. Com boa direção e bela fotografia, os atores se entregam aos personagens em cenas de sexo e de dramaticidade. Mas falta ao filme um frescor. A história é reciclada de vários outros filmes sobre protagonistas depressivas, vide o próprio "Betty Blue" e tantos outros filmes de Lars Von Triers. O filme , de ritmo lento, acaba cansando lá pela metade, com tantas idas e vindas de presente, passado e infância da personagem.
Nota: 7
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