domingo, 13 de julho de 2014
Amazônia- Planeta verde
"Amazon", de Thierry Ragobert (2013)
O documentarista francês Thierry Ragobert realizou o belíssimo documentário "O planeta branco". Agora, estendendo o seu horizonte para a America do Sul, ele resolveu narrar de forma ficcional a sua visão sobre o Planeta verde, a Amazônia. Co-produzido pela França e Brasil ( aqui representada pelos paulistas Gullane), o filme é o mais caro já rodado na Região Amazônica, ao custo de 26 milhões e consumindo 3 anos de trabalho. Na bilheteria, infelizmente, o filme não aconteceu: foram 59 mil espectadores, bem aquém do desejado. Buscando um atrativo que seduzisse o público infantil, a versão nacional introdiziu uma narração em Off dos atores Lucio Mauro Filho e Isabelle Drummond, botando vozes no protagonista, o macaco-prego Castanho, e em Gaia, a macaquinha que ele conhece e se apaixona.
O filme segue a tradição dos filmes com animais que povoavam a Sessão da tarde. Quem foi da geração 80 se lembra de "As aventuras de Chatran", sobre um gatinho que se perde numa floresta e enfrenta todos os perigos da região. Aqui, o macaco-prego Castanho é retirado de seu cativeiro no Rio de Janeiro e levado de avião até a Amazônia para ser liberado no seu ecossistema. No entanto, durante uma tempestade, o avião sofre pouso forçado. ( Algum dos 6 roteiristas do filme, incluindo Luiz Bolognese, me explica como o piloto, que foge, sobrevive na floresta densa?). O macaquinho escapa da sua gaiola e se aventura pela floresta. A partir daí, em seus quase 90 minutos de filmes, o bichinho foge de predadores de todos os tipos. No caminho, conhece a macaca Gaia, que se junta a ele.
Todo filmado em 3D, e belamente fotografado pelo brasileiro Gustavo Hadba e o francês Manuel Teran, o filme tem também uma excelente trilha-sonora, a cargo de Bruno Coulais.
Todo o interesse do filme porém, fica em cima da simpatia e fofura do macaquinho protagonista. O seu carisma conquista a todos, inclusive ele interpreta! Passei o filme todo imaginando o trabalhão que foi filmar o longa, e eu sei do que estou falando, porquê trabalhei nos filmes "Tainá 1" e "Tainá 3" e caraca, é muito chato filmar animais, eles são imprevisíveis.
A história, singela, me lembrou bastante o tema de "Rio 2", de Carlos Saldanha, que narra o reencontro da Arara com sua familia na Floresta Amazônica. O filme tem problemas de ritmo, e fico imaginando a quem interessa ver esse filme: crianças, que aqui não encontram efeitos especiais, ou adultos, que passam o tempo todo vendo bichinhos fofos.
O filme abriu o Festival do Rio em 2103 e encerrou o Festival de Veneza no mesmo ano.
Nota: 7
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