quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Amor

"Amour", de Michael Haneke (2012)
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes 2012, além de levar menção honrosa para Jean Louis trintgnant e Emannuele Riva, esse filme com certeza irá encabeçar a minha lista dos mais angustiantes da história do cionema. Um casal na faixa dos 80 anos passa por um momento dificil , quando a esposa passa por uma cirurgia mal sucedida que a deixa paralisada do lado direito. Mais tarde, ela passa por um derrame, o que a torna dependente do marido. Por conta disso, ela perde a vontade de viver. Um drama forte, que não deixa ninguém incólume ä tragédia do amor que tem um fim. Me comoveu demais, a dor de um marido pela degradação fisica e moral de sua esposa, com quem conviveu por mais de 50 anos. Jean Louis Trintgnant ( Um homem, uma mulher) e Emannuele Riva ( Hiroshima , mon amour) se entregam de corpo e alma aos seus papéis, se desfazendo de qualquer glamour e ego. Os 2, icones da beleza nos anos 50, hoje envelhecidos , surpreendem na compoisção fisica de seus personagens, e pelas suas performances irrepreensiveis, mereciam todos os premios de interpretacao do ano. É um filme que deve ser visto com cautela, porque pode provocar choque em pessoas sensiveis. isabelle Huppert, musa de Haneke, interpreta a filha do casal e também tem seus momentos brilhantes. A narrativa segue lenta, os planos, longos e estáticos, quase que como retratando a vida do casal como Natureza morta. É um filme que fala sobre estagio terminal da vida. Muito doloroso de se assistir. Uma cena é memorável pela improvisação e poesia: a de Jean Louis contracenando com um...pombo!!!!! Pelo conjunto da obra, e pela sua força dramática, Nota: 10

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