segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Um divã para dois
"Hope Springs", de David Franckel (2012)
Kay (Meryl Streep) e Arnold (Tommy lee Jones) são casados a mais de 35 anos. Poré, o casamento a anos está naquela fase de indiferença. Apesar dos apelos de Kay para tentarem redescobrir a chama do amor, Arnold se recusa, e se isola, dormindo em quarto separado e evitando contatos fisicos com sua esposa. Frustrada e tentando uma última cartada, Kay se inscreve em um curso de terapia de casais, com o especialista Dr Blaine (Steve Carrel), que ministra o curso na cidade de Maine. Kay chantageia Arnold, que se recusa a ir, e resolve ir sozinha, mas logo ele a alcança e viajam juntos. Porém, Kar não poderia imaginar a dificuldade de Arnold para expressar sentimentos, e a relação do casal fica por um fio.
Esse filme dirigido pelo mesmo cineasta de "O diabo veste Prada", está mais para drama do que propriemente uma comédia romântica. Sim, o filme tem alguns poucos e ótimos momentos de humor, alguns até pastelão (a cena do sexo oral no cinema, por ex). Inclusive, uma cena de Kay tentando aprender a fazer boquete em uma banana lembra por demais a cena de Judy Davis em "Celebridades", de Woody Allen. Mas o que prevalece é uma sensação de melancolia e de profunda tristeza, muito por conta da personagem vivida magistralmente por Meryl Streep. Ela passa uma tristeza, uma rotina que o espectador se simpatiza e sente a dor da personagem. Tommy Lee Jones também está ótimo no papel do marido insensível. O filme tem problemas de ritmo: em boa parte da narrativa, é tedioso. O que segura a onda do filme é a performance dos atores, e a trilha sonora, composta de clássicos românticos que trazem uma nostalgia gostosa. No mais, um filme corriqueiro, que se baseia 100% nos atores. O roteiro é clichê e o desfecho, apesar de otimista, sôa muito falso, pois fica dificil aceitar que um personagem turrao como Arnold venha a mudar de atitude tao assim em cima do segundo tempo. Mas todos querem final feliz com Meryl Streep, não é mesmo?
Nota: 7
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