domingo, 5 de agosto de 2012
Movimento Browniano
"Brownian movement", de Nanouk Leopold (2010)
Charlotte e Max vivem felizes em Bruxelas, com o filho pequeno do casal. Ele é engenheiro bem-sucedido, bonito. Ela, uma jovem médica, igualmente bela, que divide o seu turno entre dar aulas na faculdade e clinicar no Hospital, cuidando de pacientes. Charlotte , um dia, resolve alugar um apartamento, sem o conhecimento do marido. para lá, ela leva pacientes, e transa com eles. os pacientes são doentes terminais,idosos, gordos, pessoas desprovidas de sex appeal. Não se sabe o porquê dessa atitude de Charlotte, e nem o flme procura explicar o motivo. Max, no entanto, após um acidente com Charlotte, toma ciência desses encontros da esposa, mas, apaixonado por ela, a perdôa. O tempo passa, eles agora moram na Índia, com mais dois bebês. Mas apesar da aparentetranquilidade, Max desconfia que Charlotte voltou a traí-lo.
Um filme que se resume em uma palavra: tédio. Tédio da personagem com a sua vida, tédio do espectador com o filme. As cenas são esticadas até o limite da paciência, provocando verdadeira apatia por parte do espectador. Planos completamente sem sentido: minutos focando uma parede, um quarto, no rosto do personagem, sem que nada aconteça. Ozu, que usava do mesmo recurso de filmar naturezas mortas, tinha uma razão para isso: apresnetar ao espectador o sentimento do personagem. Aqui, não havia a mínima necessidade disso. A história fala por si. Aliás, jamais saberemos porqu6e uma mulher bonita, bem-sucedida, casada com um homem bonito, jovem, bem realizado, com filho audável, resolve levar pacientes escolhidos a dedo, totalmente desprovidos de sex appeal, para um apartamento e trrnsa com eles. Em nenhum momento do filme podemos entender a psicologia dessa personagem. Louca? Fetichista? Como entender isso? E porque o marido aceita a condição de marido traído?
Tudo bem, o novo cinema holandês volta as suas portas para esse universo do fetiche, do bizarro, das anomalias sexuais. Mas aqui, há um exagero na forma e na fórmula. O filme provoca canseira, apatia e descaso.
A atriz Sandra Hullen segura a onda de sua personagem difícil. Mas isso é pouco. Muito dificil a gente se sensibiliar com o seu drama.
Resta ao espectador apreciar a boa fotografia.
Nota: 4
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