terça-feira, 30 de novembro de 2010
Tetro
" Tetro", de Coppola (2009)
Projeto pessoal e independente de Coppola, que dizem, faz aqui um relato auto-biográfico sobre sua familia e a relação de parentes próximos em Buenos Aires, uma cidade que traz lembranças do passado para a família Coppola.
Tetro (Vincet Gallo) é um escritor depressivo, que se refugia em Buenos Aires e vive com uma bela mulher (a espanhola Maribel Verdu). De repente, surge o jovem Bennie, de 17 anos, seu irmão, que passa um tempo em sua casa, proveniente dos Eua. . Fantasmas do passado voltam a assombrar Tetro, com a presença de seu irmão. Antigas rusgas com seu pai, interpretado pelo excelente ator húngaro Klaus Maria Brandauer, por causa de uma paixão de ambos. Carmen Maura faz uma participação como uma crítica de teatro.
O filme é rodado em P&B, com alguns flashbacks em cor. A fotografia é deslumbrante, e a ambientação em Bueno Aires e a trilha sonora trazem uma bela nostalgia.
Coppola faz aqui um filme cult, pequeno, mas enérgico, assim como Bertollucci em Os Sonhadores.
Esse é seu 21o filme, e interessante como Coppola faz o inverso do caminho de vários diretores de prestígio. Ele começou grande, e vai calcando seus últimos filmes em produções menores, independentes. Seus últimos trabalhos foram fracassados, inclusive o anterior, com Tim Roth, nem foi exibido comercialmente, só passando aqui no Festival do Rio em 2008, sobre críticas desfavoráveis (inclusive minha).
Uma pequena jóia cinematográfica, que tem como desfecho uma reviravolta na trama, bem melodramática, sob a trilha de um tango, como deve ser os dramas familiares latinos.
O jovem ator Alden Enrenreich, que interpreta Bennie, tem uma presença magnética, e promete brilhar na carreira.
Nota: 8
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