domingo, 28 de novembro de 2010

Elvis e Madona

de Marcelo Laffite (2010)

Comédia de costumes de Marcelo Laffite, tem o mérito de ser um filme popular sem medo de ser feliz.
Uma lésbica (Simone Spoladore), cujo sonho é ser fotógrafa, trabalha como motoboy para se sustentar. Ao fazer uma entrega, descobre que seu cliente é um travesti (Igor Cotrin), que trabalha como cabelereiro. Ele acabou de ser achacado pelo seu amante cafetão, que é traficante. Ela o ajuda, e acaba se apaixonando por ele. Paralelo, o cafetão da travesti quer extorquir o dinheiro que ela juntou pra fazer seu grande show final, seu sonho de vida.
O roteiro começa bem, mas depois envereda por uma linha policial que nao me trouxe interesse. Seria mais divertido se tivessem focado a história na relação desse improvável casal, e as suas consequências perante a sociedade, amigos e familiares, e a batalha em conjunto para lutar contra as dificuldades do dia a dia.
Igor Cotrim , ao contrário de várias críticas que li, está bem, convincente. Só lamento que a sua caracterização o deixe tão feio, deveria ter mais glamour. Simone está ok, o restante do elenco se diverte em cena ( Pia Manfroni, Aramis trindade, as bichas do salão). A cena com Buza Ferraz, aqui em sua última aparição em um filme, é comovente, e parece se despedir em cena.
Algumas cenas são mal conduzidas, e ficaram pobres, evidenciando a falta de grana da produção. O desfecho era para ser deslumbrante, e ficou muito sem glamour. Que é o item que esse tipo de filme exige ( vide os filmes de Almodovar). E Glamour nem sempre é sinônimo de orçamento, e sim, criatividade.


Nota: 7

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