quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Continente

"Continente", de Davi Pretto (2024) Prêmio de melhor direção na Mostra novos rumos do Festival do Rio 2024, "Continente" é dirigido pelo porto alegrense Davi Pretto, diretor dos premiados "Castanha" e "Rifle". Com 'Continente", Pretto investe no cinema de terror, mas mantém o seu olhar para as paisagens e a solidão do ser humano diante de um mundo inóspito e vasto. Com referências a 'Grave", de Julia Ducournau, e semelhanças com os recentes brasileiros "Propriedade" e "Cidade campo", todos investindo no cinema de gênero como metáfora para falar das lutas entre patrão e proletariado e a luta de classes, "Continente" traz como protagonista Olívia Torres, em alta no cinema brasileiro com o drama "Ainda estou aqui", de Walter Salles. Olívia interpreta Amanda, filha do fazendeiro Afonso (Anderson Vieira). Ela retorna da frança com seu namorado francês Martin (Corentin Fila), após receber a notícia que seu pai está muito doente. Eles seguem até a fazenda de Afonso, no sul do País. Chegando lá, eles são recebidos pelos empregados da fazenda, que temem a morte de AFonso. A médica da região, Helô (Ana Flavia Cavalcanti), sofre pressão dos empregados para curar Afonso, pois dependem dele para curar uma "doença" que todos são acometidos. Helô propõe m remédio paliativo, mas as pessoas não querem. À medida, que Afonso vai convalescendo, Amanda vai sentindo uma força dentro dela que ela desconhecia, deixando Martin preocupado. O filme é uma saga sobre vampiros e herdeiros bem ao estilo do novo cinema de terror: usando o gênero para falar de temas sociais. a 1a e. a 2a parte do filme são mais focados no drama, com alguma estranheza, e somente no ato final, o filme investe no terror, e memso assim, de forma bastante estilizada, como a um ritual de iniciação. A fotografia de Luciana Baseggio é muito boa, trazendo uma ótima ambientação de pesadelo eminente. O elenco, formado boa parte por atores do sul, formam um talentoso núcleo de tipos e personagens, trabalhando com muia densidade as angústias dos empregados locais. Olívia Torres prova ser uma das melhores vozes da nova geração de atrizes brasileiras, transitando muito bem no terror, exalando sensualidade e drama à sua personagem.

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