"Até o fim", de Glenda Nicácio e Ary Rosa (2020)
Após o enorme sucesso de crítica do filme anterior, "Café com canela", de 2017, dirigido pela dupla de formandos de cinema da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, "Até o fim", mais recente trabalho de ambos os cineastas, arrebatou o prêmio do público no Festival de Tiradentes 2020. Muito semelhante à diversos textos teatrais, adaptados ao cinema, como "A partilha", de Miguel Falabella, e "Crimes do coração", o filme conta a história de 4 irmãs que não se viam há 15 anos, e que se reencontram para um acerto de contas com o passado.
Totalmente ambientado no quiosque da mais velha de todas, Geralda (Wal Diaz). Uma à uma vão surgindo Rose (Arlete Dias) a produtora de cinema Oscarizada Bel (Maíra Azevedo) e Vilmar (Jenny Muller). Todas possuem segredos que surgirão à tona, com temas que vão de transfobia, incesto, estupro, aberto, racismo, machismo, violência doméstica. Sim, o filme tem um tom teatral, evidenciado pelo cenário único. Não fosse o talento das 4 atrizes, o filme teria sido cansativo de assistir. É o talento delas que garante o olhar do espectador sobre esse universo da s mulheres, pretas e solidarias, que entendem que para sobreviver a um mundo patriarcal e racista, somente com a sororidade se manterão em pé.
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