"The Glorias", de Julie Taymor (2020)
Drama épico dirigido por Julie Taymor, diretora de "Across the universe" e da versão de "O Rei Leão" para a Broadway, "The Glorias" é a adaptação da autobiografia de Gloria Steinem, um ícone do movimento feminista, atuante desde os anos 60 e hoje, aos 85 anos, ainda desbravando arduamente.
Gloria Steinem é interpretado por 4 atrizes e pela própria Gloria, no ato final. O filme evoca desde a sua infância, adolescência, fase adulta dos 20 aos 30 anos (Alicia Vikander) e depois, terceira idade, já com Julianne Moore.
Com uma caprichada ficha técnica, que inclui o fotógrafo Rodrigo Prieto, o filme mescla drama e realismo fantástico. A espinha dorsal do filme é um ônibus que atravessa os Estados Unidos e nele, se encontram as 4 Glorias em épocas distintas. Elas falam entre si e revêem momentos de sua vida. Quando criança, o pai ausente de Gloria, interpretado por Timothy Hutton, um caixeiro viajante que acabou morrendo em acidente de carro. Gloria cuidou de sua mãe que, ficou doente e esquizofrênica. Aos 20 anos, ela foi morar na Índia e em outros países, até retornar aos Estados Unidos. Jornalista, fundou uma revista, MS< que por 15 anos, revela os bastidores de um mundo machista , misógeno e racista. Gloria fez amizade com grandes feministas, entre elas, Flo Kennedy (Lorraine Toussaint), Bella Abzug (Bette Midler) e Dorothy Pitman (Janelle Monáe).
O filme tem cenas lindas, que mesclam magia e lúdico: a cena de Gloria adolescente dançando sapateado em uma barbearia; a cena de Gloria do discurso de Bette Midler; a participação de Lorraine Toussaint e Tomothy Hutton. Mas é um filme longo, quase 2:20 horas, e lá pelo meio já dá uma cansada. Mas pela importância história da personagem, e fazendo um amplo painel da sociedade americana dos anos 30 aos dias de hoje, o filme vale ser visto.
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