domingo, 25 de outubro de 2020

As filhas de Abril


"Las hijas de Abril", de Michel Franco (2017)
Eu sou um fã do cineasta mexicano Michel Franco, realizador dos angustiantes "Nova ordem", "Crônica", "Ana e Daniel"e "Depois de Lucia". Constantemente comparado ao cinema de Michael Haneke e Lars Von Triers, pela forma pessimista com que encara as relações humanas, Franco produziu, escreveu e dirigiu esse drama sobre mulheres: mãe, duas filhas e uma neta. A sororidade passa longe na família de Abril e suas duas filhas, Clara, a mais velha, e Valeria, de 17 anos. Abril mora na capital do México, enquanto as filhas moram na cidade de Vallarla. Valeria está grávida de seu namorado Matteo. Carla acaba chamando a mãe, Abril, para ajudar Valeria na gestação e no parto, mas Valeria fica chateada, pois a relação entre mãe e filha não é das melhores. Quando a filha nasce, Abril decide entregá-la à adoção, considerando que os pais não têm condições emocionais para cuidar da criança.
Como todo filme de Franco, existem surpresas na trama que dão a virada dos personagens, de forma cruel e desumana. Não se pode falar muito para não dar spoiler, mas o espectador certamente ficará com ódio de determinados personagens.
Um show de performances em papéis complexos, o filme ganhou o Grande prêmio do Juri na Mostra semana da crítica em Cannes, além de outros prêmios em importantes Festivais. No final, fiquei com o título da comédia de Mario Monicelli, "Parente é serpente".

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