sexta-feira, 15 de abril de 2016

Hardcore: missão extrema

"Hardcore Henry", de Ilya Naishuller (2015) Pegando o mote de "Enter the void", de Gaspar Noé, onde o filme inteiro é narrado em 1a pessoa, ou seja, pelo ponto de vista do protagonista que nunca aparece, "Hardcore: missão extrema" é uma espécie de mistura de "Robocop" e "Lucy", de Luc Besson, com Scarlett Johanson. Fazer o filme todo pelo POV do personagem é como se estivéssemos vendo um video game em Live action. Há quem vá torcer o nariz, mas é inegável a grande diversão, agregado ao talento do ótimo ator sul africano Sharlto Copley, de "Distrito 9", que aqui interpreta mais de 10 personagens. Um homem, Henry, acorda e se vê em um laboratório: através de uma bela cientista, Estelle, ele descobre ter sobrevivido a um acidente e foi transformado em cyborg para poder sobreviver. Ela diz que é sua esposa. Um vilão, Akan, surge e sequestra Estelle. Para ajudá-lo no resgate, ele conhece Jimmy ( Sharlto Copley), um homem que consegue sempre ressuscitar em outro personagem, toda vez que é morto. Henry precisa lutar contra mercenários e soldados robôs, antes que seja tarde para resgatar sua esposa. Violento, insano, dinâmico e bastante ágil, "Hardocore" é um ótimo passatempo, descompromissado para quem curte filmes de ação e ficção científica. Os efeitos são excelentes, e o trabalho do operador de câmera é impressionante: afinal, tudo é pelo POV de Henry. A direção do estreante em longa Ilya Naishuller, que também é cantor de uma banda de punk rock e criador de games, é bastante criativa e mantém o espectador atento durante toda a projeção. É adrenalina do início ao fim, ininterrupto. Vale lembrar que o produtor do filme é o cineasta e produtor russo Timur Bekmambetov, uma espécie de Jerry Bruckheimery local, que só produz mega blockbusters de ação. Entre seus filmes, estão os sucessos "Procurado", com Angelina Jolie, "Guardiões do dia"e "Abraham Lincoln, caçador de vampiros".

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