segunda-feira, 29 de abril de 2013

O futuro

"O futuro", de Miranda July (2011). Em 2005, com "Eu, voce e todos nós", Miranda July ganhou a "Camera d'or"no Festival de Cannes e por um bom tempo, foi considerada uma das grandes cineastas independentes que surgiram nos EUA. Mesmo com o sucesso do filme, ela levou mais de 5 anos para conseguir fazer o seu 2o longa, que obteve co-patrocinio com a Alemanha. Mais melancólica e pessimista do que o seu longa anterior, July traça a relação de um casal que está em crise após 4 anos de convivência. Na faixa dos 30 anos de idade, ele sresolvem adotar um gato em estado terminal. Porém, só podem levá-lo para casa em 30 dias, período que ele irá se recuperar no veterinário. O casal resolve entao que nesse período que eles devem reavaliar suas vidas, como se fosse também o estágio terminal do relacionamento. Miranda July é conhecida também como artista plástica e performática, e ela traz pro filme todas essas linguagens, de uma forma mais radical do que seu 1o filme, que tinha uma linguagem mais convencional. Em "O futuro", ela abusa de realismo fantástico, principalmente quando apresenta o gato: ele fala em off boa parte do filme, lamentando a sua vida e nutrindo esperança pela vida. O namorado consegue parar o tempo e falar com a lua. Ela é mais esquisitona: quer gravar 30 videos de dança pra bombar na internet, mas a falta de objetividade e a eterna apatia fará com que os dois fiquem cada vez mais afastados. O tema do tempo é muito importante para o filme. Através dele, July cria várias metaforas. Infelizmente, não me surpreendeu nem me emocoinou tanto quanto "Eu, voce..", que abusava do humor negro. Aqui é tudo mais bizarro, estranho, e fiquei com uma sensação se gostei ou não. Mas ninguém pode dizer que Miranda July não é ousada. Nota: 6

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