sexta-feira, 19 de abril de 2013

Amor pleno

"To the wonder", de Terrence Malick (2012). Sou um grande defensor de "Árvore da vida", um dos filmes recentes mais controversos: metade dos que o viram o odeiam. O caráter espiritual e existencial do filme me cativaram através de imagens estupendas e uma atmosfera etérea, quase sobrenatiral. Agora em seu filme posterior, "Amor pleno", terrence se utiliza da msma linguagem narrativa para contar uma história sobre a falta de comunicação e a crise de identidade cultural. As cenas são desenvolvidas quase sempre por lentes grandes angulares, sem cortes e com camera em constante movimento. A fotografia, a cargo do mexicano Emmanuel Lubezki, fotografo que tem feito os ultimos filmes de Malick e quase todos od de Alfonso Cuaron, é absolutamente deslumbrante. Mas o filme, ao contrário de "Árvore da vida", não me encantou. Faltou a emoção e o encantamento. O que vemos é um filme frio, quase sem diálogos, narrado o tempo todo em off da personagem da russa Olga Kurylenko. O filme é tão sem alma, que os personagens não tem nome. A história gira em torno da paixão fulminante entre um americano e uma russa divorciada, que se conhecem em Paris. Ele a leva para morar com ele em Oklahoma, junto coma filha dela. Porém da mesma forma que o amor floresceu, o amor se desfez. O filme então faz essa narração sobre os momentos de encantamento e posterior desamor do casal. Basicamente, são 4 os personagens principais, encarnados por Ben Afleck, Olga Kurylenko, Javier Barden e Rachel MacAdams. Os atores quase não interpretam, é quase um desfilar de situações soltas sem dramaturgia, Os personagens, assim como o filme, são globalizados. Fala-se em russo, frances, ingles e espanhol. A crise de identidade cultural vem aliada à crise espiritual, na pele do personagem do padre de Javier Barden. Com menos de 2 horas, o filme provoca um certo tédio, muito devido a falta de uma história consistente, quanto pela narrativa lenta. O que fica na lembrança, é o visual apurado e magnetizante. Nota: 6

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