sábado, 7 de julho de 2012

Bem amadas

"Les bien aimés", de Christophe Honoré (2011)
Em 1967, Madeleine (Ludivine Saigner) [e uma jovem que trabalha em uma sapataria. Sonhadora e romäntica, Madeleine deseja tem uma compulsáo sexual, que faz com que ela se prostitua para satisfazer os seus desejos. Um dia, ela conhece o medico Jeromil, um jovem Tcheco que mora em Paris mas que quer voltar para a Tchekoslovaquia. Apaisonados, ela segue em viagem com ele. Eles tem um filho, Vera. Mas a chegada dos russos em Praga, a revolucão de Praga e o comunismo, mas a trao;ão de Jeromil,fazem com que Madaleine volte para Paris levando sua filha. Os anos se passam, Madeleine se casa com um guarda do Governo, Francois. Mas Jeromil, agora comunista, retorna para rever o grande amor de sua vida. Assim, os anos se passam mais uma vez, e Madeleine, dividida entre o amor de dois homens. Vera (Chiara Mastroiani), já adulta, nos anos 90, conhece o músico Henderson (Paul Schneider), mas ele se revela gay. Vera não esconde jamais a sua paixão por ele, que confidencia para ela ser portador do virus da AIDS. Ao mesmo tempo, Vera esnoba o amor que Clemente (Louis Garrel) , seu colega na escola, sente por ela. Belo drama musicado de Honoré, que já havia experimentado o gênero no excelente "As cancões de amor". Aqui, Honoré faz uma explícita homenagem ao cinema de Jacques Demy, com referências a 'Os guarda-chuvas do amor". O amor dolorido, as trai;ões, a melancolia, a depressão amorosa, tudo isso aliado ao contexto político dos anos 60, mais o advento da chegada do vírus da AIDS. Ambicioso em sua temática e na estrutura, o filme viaja por vários países (Tchecoslovaquia, Inglaterra) para dar vazão aos seus ideais de liberdade. O filme é longo, 135 minutos, e poderia ter sem dó 30 minutos a menos. O elenco é o grande trunfo do filme: Além da mãe e filha na vida real, Catherine Deneuve e Chiara Mastroiani, temos o enfant terrible Louis garrel , mais uma vez interpretando aquele seu tipo blasé, e o coneasta Milos Formna, que dá vida a Jeromil idoso. Paul Schneider, na pele de Henderson, está excelente, e a surpresa fica por conta do ator Radivoje Bukvic, que interpreta Jeromil jovem. Ele é ótima presen;a em cena e sedutor na medida certa. De uma forma geral, é um filme nostálgico, em sua estrutura musicada. Para o espectador que se delicia com os filmes de Demy, será um prazer. Para quem não suporta os personagens que saem cantando por aí, o filme pode ser uma tragedia. Nota: 7

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