quinta-feira, 5 de julho de 2012

Adeus, primeiro amor

" Une amour de jeunesse", de Mia Hansen-Love (2011)
Camille e Sullivan são 2 adolescentes de 15 anos, e vivem na Paris de 1998. Apaixonados e com muitos planos pela frente, ambos vão levando a vida de namorados perfeitos. Um dia, Sullivan diz a Camille que deseja seguir com os seus amigos numa viagem pela America do Sul, uma viagem de descoberta e de aventura. Camille se opõe, diz que não conseguirá sobreviver 8 meses distante do namorado. Mas Sullivan é irredutível, e promete a Camille que sempre pensará nela e que não se relacionará com outras jovens. Camille entra em estado de profunda depressão, apesar dos apelos de sua mãe em dizer que esse amor adolescente logo se apagará, e que ela deve procurar outro namorado. Mas o amor de Camille é incondicional, e ela decide aguardar pelo retorno de Sullivan. Mas os anos se passam, e chegamos no ano de 2007, quando Sullivan surge de volta ä vida de Camille. Mia Hansen-Love, dirigiu esse filme após o excelente "O pai de minhas filhas", infelizmente nunca lancado aqui no Brasil. Em "Adeus, meu primeiro amor", Hansen-love experimenta falar sobre um amor para toda a vida, aquele que deixa as pessoas doentes e deprimidas. CAmille dá voz a essa personagem atormentada e sofredora, provando que esse tipo de paixäo avassaladora ainda persiste nos dias de hoje. A fotografia do filme é muito bonita, assim como o uso de músicas romänticas indies, que reforcam a jovialidade dos personagens e da história a que se pretende narra. Curiosamente, a diretora manteve o mesmo visual dos atores pincipais, que em 10 anos de história, mantem a mesma aparência, sem envelhecer. Talvez para dar a idéia de que, para Camille, o tempo não passou. A segunda parte da história, que se segue anos depois da partida de Sullivan, é a menos interessante. A impressão que se deu é que a diretora encheu muita, mas muita linguica, porquê chega uma hora que a narrativa não avanca. Surgem muitas cenas de passagens de tempo, muitas cenas descritivas de Camille em seus estudos, trabalho, seu relacionamento com o seu professor de arquitetura. E só muito depois, Sullivan ressurge. O filme torna-se arrastado e cansativo. 30 minutos na história teriam sido cruciais para manter o interesse. Vale pelo trabalho da dupla principal, bons atores, e pelas belas locacões em Berlin e outros países da Europa que surgem na trama. Nota: 6

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