sábado, 12 de julho de 2025
Simão do deserto
"Simón del desierto", de Luis Bunuel (1965)
Concorrendo no Festival de Veneza 1965, "Simão no deserto" levou o prêmio especial do juri e o Fipresci, concedido pela crítica. O filme encerra a trilogia mexicana, iniciada com 'Viridiana" e depois, "O anjo exterminador". O filme é uma fábula surrealista de Bunuel, livremente inspirada na vida do santo sírio Simeão Estilita, do século V. Simeão Estilita ficou famoso por ter ficado imóvel em um pilar no deserto, por mais de 35 anos. O filme faz parte da prestigiada coleção Criterion. Protagonizada pelos atores mexicanos Claudio brook e Silvia Pinal, que estrelaram os 3 filmes da trilogia, o filme é uma crítica feroz de Bunuel à religião e ao fanatismo religioso, com um desfecho absolutamene bizarro onde do nada, os personagens são transportados do desreto por um avião até uma boite em Nova York, participando de uma festa roqueira do apocalipse. Claudio é Simão, e Silvia Pinal representa o sedutor Diabo. Simão permanece por anos no alto de um pilar no deserto, sem beber água e sem se alimentar. Uma peregrinação de fiéis surgem para pedir milagres. O diabo e outras manifestações tentam Simão o tempo todo, mas ele sempre resiste. Visualmente, o filme traz uma fotografia em preto e branco espetacular de Gabriel Figueroa, retratando um deserto angustiante filmado no deserto de Samalayuca, em Chihuahua, Mexico. Obra prima a ser vista e revista.
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