quarta-feira, 10 de abril de 2024

Blackbird blackbird blackberry

"Shashvi shashvi maq'vali", de Elene Naveriani (2023) Premiado em diversos festivais e competindo no Festival de Cannes 2023 na Mostra quinzena dos realizadores, "Blackbird blackbird blackberry" é um excelente exemplar do cinema da Geórgia. O filme traz uma narrativa muito semelhante ao finlandês Aki Kaurismaki, sobre pessoas solitárias e com perfis de losers, que encontram algum alento em momento específico de suas vidas sem brilho. Etero (Eka Chavleishvili) é uma mulher de 48 anos, solitária, dona de uma loja simples no interior da Geórgia onde vende produtos de beleza para as mulheres. Ao colher amoras na beira de um penhasco, ela escorrega e quase morre. Essa sensação de quase morte a faz despertar sexualmente, e ela avança para o entregador de sua loja, Murman (Temiko Chichinadze), casado e pai de dois filhos, que gosta da iniciativa de Etero e se apaixona por ela. Etero era virgem e alvo de fofocas das amigas, todas casadas e com filhos. Agpra feliz, Etero curte bem a vida de amante, até que suspeita estar com câncer no útero. Apesar do tom dramático, o filme resguarda um sutil humor, não tanto como nos filmes de Mika, mas ainda assim, trazendo o sabor acredoce do constrangimento. Os planos são esparçados no tempo e o elenco imprime uma performance minimalista, quase sem exressar emoções. Excelente trabalho da atriz Eka Chavleishvili no papel principal, lembrando uma personagem Felliniana.

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