terça-feira, 16 de abril de 2024

A última festa

"A últims festa", de Matheus Souza (2023) Matheus Souza comumente é comparado pelos críticos ao mestre Woody Allen, muito por conta dos diálogos verborrágico, afinados, ácidos e críticos. mas Matheus tem algo que o diferencia: uma profunda melancoia, escondida sobre uma manta de humor geek. O que mais gosto em seus filmes, é a atmosfera pop e a trilha sonora, sempre se comunicando com o seu público. Em "A última festa", novamente ele traz referências cinéfilas, e para mim, a bola da vez é "O primeiro ano do resto de nossas vidas", um clássico juvenil dos anos 80 sobre as agruras e ansiedades da formatura. Lá, era a faculdade. Aqui, o ensino médio. O último dia onde todes estudarão juntos, se verão, pois a partir do dia seguinte, cada um seguirá um caninho diferente, uma turma diferente, até uma cidade diferente. Rodado em uma fabulosa mansão em Portugal, o filme traz uma noite na vida dos formandos, capitaneado por 4 amigos: Marina (Giulia Gayoso), Nathan (Christian Malheiros), Bianca (Thalita Meneghim) e Nina (Marina Moschen). Nathan é gay e negro, e suas amigas, brancas. Todos ricos e com dilemas na maioria amorosos. Virgindade, ex-namorado, crush, gravidez indesejada. Já vimos tudo isso em centenas de outros filmes. Mas Matheus tem seus diálogos próprios: frases feitas, até construídas demais para queme stá na faixa etárea ( o elenco inclusive está acima da idade, mas são talentosos e isso acaba passando). O elenco coadjuvante é a turma que Matheus Souza sempre trabalha: Victor Lamoglia, Leo Cidade, Victor Meyniel. A fotografia, linda, é de Lícia Arosteguy. Mas o que mais gostei mesmo foi d atrilha sonora de Lucas SIlveira, perfeita e funcional.

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