terça-feira, 9 de setembro de 2014
Prenda-me
"Arretez moi", de Jean-Paul Lilienfeld (2013)
Baseado em livro de Jean Taulé, o filme é um embate entre duas mulheres durante uma noite na sala de delegacia. Sophie Marceau, belíssima, interpreta uma mulher que, 10 anos depois e com o caso já arquivado, resolve ir até a polícia para se entregar e ser presa por um crime que ela cometeu: matou o seu marido. O caso irá prescrever nessa noite, e ela exige que a policial, a atriz Miou Miou, a prenda. Porém, para sua surpresa, a policial, acostumada com casos de violência doméstica ( a mulher narra, em flashbacks, a sua relação com o sue marido violento) se recusa a prende-la e pede para que ela vá embora. Assim, começa uma naratica de 2 flashbacks: a da mulher, e a d a policial. Ambas descobrem que elas possuem muita coisa em comum.
O filme é um libelo contra a agressão física e moral que as mulheres sofrem de seus maridos. No entanto, com um tom excessivamente teatral, apesar do talento das duas ótimas atrizes, o filme cansa pela repetição das situações. A direção é pouco criativa, e o recurso de mostrar o flashback sempre em ponto de vista da mulher não é nada interessante. O roteiro também não é verossímel: porquê a mulher, linda e trabalhadora, se permite a sofrer e a se humilhar perante seu marido durante anos? Os amigos nada fazem? Família?
A trama chega a irritar. Fala sobre a passividade de certas pessoas. O ritmo é lento e o filme se arrasta em suas quase 1:40 horas.
Outro ponto ruim é a personificação do marido: sempre caricato, sempre gritando, violento. Ficou unilateral, e a gente nem entende o porquê dele bater sempre na mulher e a humilhar.
O filme tem uma estrutura de suspense light que faz o espectador ficar até o final tentando descobrir a verdadeira historia por trás dessa mulher. Enfim, espero que não se decepcionem como eu fiquei.
Nota: 5
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