quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Hotel inferno
"Hotel inferno", de Giulio De Santi (2013)
Esse filme de terror poderia ter sido um cult apreciado por fãs do gênero. A premissa é bem interessante: um filme todo sob ponto de vista do protagonista, sem nunca vermos seu rosto. Um assassino de aluguel é contratado para ir até um Hotel e matar um casal. Mas aos poucos, ele vai descobrindo o verdadeiro segredo que se esconde por trás dessas mortes.
Se o filme tivesse sido levado a sério, teria sido um clássico. Mas os produtores e o diretor italiano Giulio De Santi, que também escreveu a trama, apostaram em um filme trash. E aí tudo vai por água abaixo.
A violência é extrema: decapitações, cabeças e corpos explodindo, cérebros sendo arrancados, tiros, fogo, facadas..tudo o que se possa imaginar de morte bizarra você encontra nesse filme, que ainda apela para uma entidade sobrenatural.
É muita doideira, muito gore, muito efeito especial da pior qualidade. Todas as cenas de violência sôam fakes, os atores são pavorosos, a trilha sonora a base de sintetizadores é grotesca. O filme tem aquele clima maldito dos filmes italianos de gialio dos anos 70 e 80, mas fica por aí mesmo. Para piorar, o filme é todo dublado em inglês de escola primária. Absolutamente nada se salva aqui. O roteiro é inacreditável de tão absurdo. Os diálogos, pasmem, são sem naturalidade.
No dia que resolverem fazer um filme sério com essa premissa ( já utilizada em "Enter the void", de Gaspar Nóe e no terror cult "Maníaco") eu darei uma chance de novo.
Obs: para quem curte games de extrema violência, irá se deliciar.
Nota: 2
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