terça-feira, 17 de janeiro de 2012

As aventuras de Agamenon, o repórter


de Victor Lopes

Documentário fake sobre a vida do repórter do jornal "O globo", Agamenon Mendes Pedreira, que faz muito sucesso com a sua coluna dominical no caderno de cultura.
O filme transpõe o humor chulo do jronal para as telas, mas infelizmente, a inteligência do texto, muitas vezes traduzidas em humor negro, que discorre sobre problemas que estamos vivendo atualmente, se resume a piadas chulas e sem graça , em sua versão de cinema.
É uma pena ver um comediante de talento como Marcelo Adnet, se limitando a fazer caras e bocas, em uma interpretação canastrona, que força o humor barato, mas só traz na verdade, constrangimento.
O filme reproduz a vida do repórter, desde sua infância até os dias atuais, e assim como o personagem ZELLIG, de Woody Allen, transita entre fatos históricos importantes, como estemi=unha viva, e sem respeitar temporalidade e bom senso. Pode ser um fato do início do século, quanto um fato atual.
Vemos então vários figurantes que se passam por dubês de atores e celebridades de outras áreas. Para se ter uam idéia do humor do filme, tem uma cena que Agamenon está no Titanic, que óbvio, sobre acidente. Ele está se afogando no mar, mas consegue segurar em um " pau". Quando abre o quadro, vemos que o " pau" que ele segura é pênis do personagem moribundo de Leonardo Di Caprio. Se era para rir, não fez efeito.
Fernanda Montenegro narra o filme, e o texto também acompanha as piadas de mau-gosto. Surtiu um efeito estranho, ouvir a voz da grande dama da interpretação falando um monte de barbaridades.
Os efeitos do filme até funcionam, considerando o baixo orçamento do filme. Mas o maior problema do filme reside em seu roteiro. Não existe uma história, e sim, fatos isolados, que em forma fragmentada, narram pequenos fatos. É tudo solto, e as participações de alguns atores renomados e de artistas dando depoimentos sobre o homenageado, como por ex, Jô SOares, Nelson Motta, caetano velloso, causa um erto desconforto. Fiquei o tempo todo pensando se as pessoas participaram porque eram amigos do produtor ou se porquê queriam debochar de si mesmos.

Nota: 4

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