segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lola, de Brillante Mendoza


Lola, na língua filipina, quer dizer Avó.
Essa pungente historia acompanha o destino cruzado de duas avós. Uma, avó de um jovem assassinado por causa de um aparelho de celular. A outra, é avó do assassino. Acompanhamos em paralelo a vida dessas duas senhoras, em suas vidas tristes e pobres, numa Manilla devastada pela enchente e chuvas ocasionadas pela chegada de um furacão.
A pobreza reinante a região, e a luta dessas duas senhoras, que jamais deixam esmorecer seus intentos: uma quer enterrar seu neto, com um funeral digno, mas nao tem dinheiro. A outra, tenta arranjar dinheiro para fazer acordo . Acompanhamos tb, como nos filmes de Mendoza ( Kinatay, Serbis)a vida urbana, caótica, onde sobreviver parece ser quase impossivel.
O som tem ruídos externos o tempo todo: transito, gritarias, caos.
Sempre com a câmera na mão, em planos longos, que acompanham os personagens.
As duas atrizes maravilhosas, cheias de rugas e marcas do tempo, trazem dignidade e força ao filme: Anita Linda e Rustica CArpio. Triste, melancólico, violento.

Nota: 9

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