domingo, 24 de março de 2024

O monge e a arma

"The monk and the gun", de Pawo Choyning Dorji (2023) O cineasta butanense Pawo Choyning Dorji foi indicado ao Oscar de filme internacional em 2023 com o belo filme "A felicidade das pequenas coisas". Agora, com "O monge e a arma", ele foi indicado ao Oscar de filme internacional 2024, mas não consgeuiu estar entre os finalistas. O filme é ambientado no ano de 2006, quando o Reino do Butão transita para se tornar a democracia mais jovem do mundo. O filme apresenta 4 histórias paralelas que convergem a um final humanista. São personagens que têm sua vida alterada com essa possibilidade de um novo país, um novo governante, novas possibilidades de interação com a cultura ocidental. O lama (Kelsang Choejey) da vila rural de Ura pede que seu assistente Tashi (Tandin Wangchuck) lhe traga duas armas antes da lua cheia, para um ritual misterioso. O americano Ron (Harry Einhorn) descobre que um monge da região possui uma arma pertencente a um coronel da Guerra civil americana, e que vale uma fortuna. Ele contrata o guia local Benji ( Tandin Sonam), que precisa do dinheiro do trabalho para pagar as contas médicas de sua esposa doente. O agente do governo responsável pela eleição, Tshering, visita cada vila para ensinar a população a votar e é auxiliado pela camponesa Tshomo (Deki Lhamo), cujo marido Choephel (Choying Jatsho) briga com a mãe por divergências políticas. Com uma fotografia estupenda e locações de encher os olhos, o filme, claro, segue em ritmo lento, mas traz cenas maravilhosas: a programação da tv,m até então proibida, agora traz a Mtv, anúncios da Coca Cola e um filme do "007". Um roteiro delicioso, que traz o contraste entre culturas e economias até então desconhecida pela população, ganha um tom acridoce.

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