sábado, 6 de junho de 2015

Chappie

"Chappie", de Neill Blomkamp (2015) O cineasta sul africano Neill Blomkamp, famoso mundialmente por "Distrito 9" e por ter escalado o brasileiro Wagner Moura em "Elysium", novamente se aventura em ficção científica cibernética em "Chappie", Chappie é uma contração para "Camarada", apelido carinhoso dado por uma família de desajustados marginais ao robô número 22 ( Sharlto Copley, habitueé dos filmes de Blomkamp). Como todo filme de Blomkamp, o futuro está dominado pela violência e pela desordem pública. A população sofre com políticos corruptos e com a extrema violência praticada por grupos de assaltantes. O efetivo policial não está dando conta e a solução é a criação de uma força policial formada por andróides, criados por Deon ( o indiano Dav Patel), CEO de uma grande empresa de cibernética, presidido por Michelly ( Sigourney Weaver). Lá também trabalha o rival de Deon, Vincent ( Hugh Jackman), que teve o seu projeto de robô eliminado por Michelly em pro de Deon. Vincent sabota os robôs e deon cai em desgraça, porém um de seus robôs, o de número 22, acaba sendo um experimento seu, de inteligência artificial. Mas esse robô cai nas mãos de uma família de bandidos, que deseja treiná-lo para ser um robô assaltante. O filme na verdade é uma grande parábola sobre o bem e o mal. Todos os personagens são esterotipados, mas lá pro final existe uma grande reviravolta na personalidade de vários personagens. Blomkamp é um grande artesão, ele sabe dirigir e criar um visual incrível. Mas o que ficou faltando aqui foi um roteiro mais consistente, e a impressão de estarmos vendo "Robocop" paira o filme inteiro. O elenco, repleto de astros, está mal aproveirtado. Sigourney praticamente faz figuração e Hugh Jackman ficou deslocado no seu papel. O filme vai fundo no melodrama e não tem medo de parecer piegas. Isso nem me incomodou. O que realmente me tirou do sério, foi a veracidade. Os personagens toda hora entram e saem da empresa e não tem ninguém vigiando: eles roubam, e;es trazem equipamento, eles manipulam dados, e absolutamente nenhum funcionário aparece. O filme vale pelo seu visual, e pelo final que é maravilhoso e muito bem construído como drama sentimental. E Chappie, o robô, é um personagem muito bacana. Merecia um filme envolvente. Nota: 7

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