quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Zonas úmidas

"Feuchtgebiete", David Wnendt (2013) Baseado no livro best-seller de Charlote Roche, que vendeu milhões de exemplares mundo afora, é uma espécie de mescla de "50 tons de cinza" com"Transpotting". Com conteúdo fortemente erótico, explícito, o filme narra a história de Helen, uma pos-adolescente de pais separados, que durante uma depilação em seu banheiro provoca uma fístula anal. Ela vai até o hospital, e lá, ela conhece o enfermeiro Rpbin. O filme daí vira uma espécie de "Ninfomaníaca", de Lars Von Trier: Ela vai narrando ao enfermeiro suas aventuras eróticas, seus sonhos, seus desejos, suas relação com seus pais, que ela esperava se reconciliassem após seu pequeno incidente, e a relação com amigos e afins. Sexo, drogas e muita escatologia. Nitidamente inspirado em "Transpotting", de onde o cineasta David Wnendt tirou referências de edição, trilha sonora e uma homenagem à famosa cena no banheiro público, aqui muito pior e mais angustiante. Ela entra no banheiro todo cagado, chão alagado, e se esfrega em fluidos estranhos que se encontram na tampa do vaso. Aliás, é sobre isso que o filme trata: Fluidos excrementos. Sangue, esperma, suor, secreção vaginal, fezes. Existe uma cena hilária da amiga de Helen cagando na barriga do namorado fetichista. Outra cena bizarra é um sonho erótico de Helen narrando o desejo de comer uma pizza recheada de esperma. Daí, o filme corta para 4 homens se masturbando e ejaculando na pizza, Sim, explicitamente. Adoro o cinema alemão porquê eles não temem fazer filmes se auto-censurando. Um cinema libertador e vanguardista. A jovem atriz Cara Juri é uma Ewan Macgregor de saias. Ela é excelente, e vai de cara na personagem: se masturba, se depila, lambe a xoxota de outra mulher, lambe sua secreção, faz coisas do arco da velha. Muito boa. Não é filme para qualquer um, mais por conta de suas cenas escatológicas e sexuais. Tudo no filme é fetiche. Assista se quizer. A trilha sonora é nervosa, punk rock. É um filme revelador de uma juventude sem eira nem beira. Nota: 7

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