sábado, 18 de janeiro de 2014

O lobo de Wall Street

"The wolf of Wall Street", de Martin Scorsese (2013) Baseado na história real de Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio), corretor de ações de empresas pequenas nos anos 80 e Dono de uma Gigantesca Empresa de corretores e ações nos anos 90, Viciado em drogas, mulheres e festas, Jordan viveu uma vida de excessos, o que causou sua prisão pro fraudes e corrupção. Essa 5a parceria de Scorsese e DiCaprio sofre de um mal: ele quer ser maior do que a própria história se propõe. Um épico dos novos tempos. Só que a historia de Jordan nem é tão incrível assim. Já vimos histórias de ganâncias, loucuras e orgias mais interessantes. Só lembrar de "Scarface", de Brian de Palma. DiCaprio lembra bastante o seu personagem em "Prenda-e se for capaz", de Spielberg. Mulheres, luxo, viagens, corrupção, mentiras, investigações, FBI. Só que no filme de Spielberg, a história era bem mais interessante, e o filme não tinha 3 horas de duração. E ainda tinha Tom Hanks dando contraponto, dividindo a história. Ao permitir que seu filme tivesse 3 horas, Scorsese derruba qualquer tipo de envolvimento emocional com o projeto. Sim, existem umas 6 cenas antológicas muito bem dirigidas, interpretadas e construídas no filme ( Os efeitos da droga em Di Caprio e Jonah Hill, a cena da tempestade, a cena de bacanal na empresa..). Mas o restante do filme, nossa, quase um desespero. DiCaprio está ótimo, mas eu não gostei da opção narrativa dele falar para o espectador às vezes. Inclusive esse recurso some de repente lá pelo meio do filme. Mas é clara a sua entrega ao personagem. Jonah Hill também está ótimo. A sua prótese dentária ficou ótima. Mas Jonah Hill também fez outro filme chatíssimo, "O homem que mudou o jogo", com Brad Pitt. Eu tenho dificuldade com filmes que tem esporte, economia como temas. Corretores de seguro e jogadores de beiseball não ao meu forte. Por isso acho injusto que "Rush", de Ron Howard, não tenha recebido o merecimento apropriado. Fazer um filme sobre Fórmula 1 sem ser chato e interessante é um desafio que foi vencido. O filme é sensacional. Tem uma cena no filme que me lembrou bastante "A febre do rato", de Claudio Assis. Durante uma orgia, o personagem de Dicaprio se levanta e segue até uma varanda. No filme de Assis, existe esse plano com grua que do alto, vai acompanhando o personagem pelos ambientes. Muito legal. Um filme desse porte, grandioso, tem na sua parte técnica a menina dos olhos. Fotografia, direção de arte,montagem, som. As locações também são foda. O filme é um brinquedinho bem caro de Scorsese e DiCaprio. Não curti tanto. Fiquei no meio do caminho, desejando que o filme acabasse logo. Mas reconheço a maestria de várias cenas. Nota: 6

Um comentário: