sábado, 18 de maio de 2013
Terapia de risco
"Side effects", de Steven Soderbergh (2012)
Impressionante como Soderbergh dirigiu tantos filmes em uma carreira relativamente curta. Foram mais de 24 titulos, além de seriados e documentários, desde a explosão de sua carreira em 89, com "Sexo, mentiras e videotapes". Apenas nos 2 últimos anos, tivemos "Contágio", "A toda prova", "Magic Mike", "Terapia de risco" e breve, "Behind Candelabra", que está em Cannes 2013. E tudo isso porque um dia, ele disse que iria se apostar e não filmar mais. Imagina! Alternando filmes artisticos e comerciais, bons e ruins, ele voltou à boa forma com esse instigante "Terapia de risco". Aparentemente um drama, o filme vai se desenvolvendo durante sua trama em um filme de suspense, no melhor estilo Hitchcock de ser. A trama, por assim dizer, diabólica, é revelado lá pelo terço final, e uma vez estando o espectador a par da trama real, fica a pergunta: como a personagem sairá dessa? Com um time de ótimos atores, ( Jude Law, Catherine Zetha Jones, Rooney Mara-revelada em "O homem que não amava as mulheres") , o filme narra a história de uma mulher depressiva que durante um tratamento com um psiquiatra, toma remédios anti-depressivos que alteram o seu humor. Um dia, ela mata o marido, e a partir dai, fica o embate entre industria farmaceutica, psiquiatras e pacientes. Mas como já dizia Hitchcock, "Nada é o que parece ser". O filme tem uma frase ótima: "A depressao é a inabilidade de construir o futuro". A rilha sonora de Thomas Newman é elegante e cria um clima de suspense interessante. O desfecho pode ser meio qualquer nota, mas mesmo assim, revelador e surpreendente. Goste-se ou nao do filme, é um ótimo pipocão com cérebro.
Nota: 7
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