sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um dia


" One day", de Lone Scherfig (2011)

No ano de 1988, um grupo de estudantes se forma na faculdade. Entre eles, Emma (Anne Hathaway) e Dexter (Jim Sturgess). Os dois vão até a casa de Emma para transar, mas resolvem ficar apenas na amizade. Antes de se despedir, fazem um pacto de se encontrarem todo dia 15 de julho, para contar as novidades das vidas de ambos. Assim, a vida de ambos segue até o ano de 2008, entre medos, insucessos profissionais e amorosos, frustrações. No final, descobrem que estavam mesmo era apaixonados um pelo outro.
Belíssimo filme, com fotografia deslumbrante, em tons azuis, e trilha sonora composta por Rachel Portman, que enfatiza o sentimentalismo da trama. O filme é triste, apesar do clima de romance que envolve a narrativa. Várias músicas pop dos anos 80 , 90 e anos 2000 fazem parte da trilha. As locações e direção de arte são inebriantes. Os atores estão ótimos: Anne Hathaway, que foi massacrada pela crítica, por conta de seu sotaque inglês ( o personagem é inglês, e Anne é americana). está ótima. Mas sim, consigo visualizar a Emily Blunt ou Carey Mullighan interpretando a personagem. Ainda mais que Carey fez o último filme da mesma diretora, " Educação". Jim Sturgess, de " Across the Universe", também está correto, e a presença da sempre maravilhosa Patricia Clarkson, habitueé dos filmes de Woody Allen, aqui emprestando digidade no papel da mãe de derek. Apesar de todos os pontos altos, o filme não alça vôo. O ritmo é lento, longo. A gente quase que não simpatiza boa parte da projeção pelos dois personagens, uma vez que eles não procuram ser gentis. Mas o final do filme supreende pela montagem. lembra bastante o desfecho de " Amor em 5 tempos", de Françõis Ozon. A gente sai do cinema com a sensação boa, de ter visto um puta filme edificante. Vale lembrar também que é quase impossível não associar o filme aos emocionantes " Antes do por do sol" e " Antes do amanhecer", de Richard Linkater.

Nota: 7

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