sábado, 9 de novembro de 2013
Verde verde
"Verde verde/Green green", de Enrique Pineda Barnet(2011)
Raro exemplar de Cinema Cubano, que tem o homossexualismo como tema principal. Quase 20 anos depois de "Morango e chocolate", o primeiro filme gay de Cuba, o cineasta Enrique Pineda Barnet, do premiado "A bela de Alhambra" , faz a sua reverência ao cinema de Fassbinder, mais precisamente "Querelle". Usando o tom extremamente teatral do filme alemão, quase todo ambientando em 2 cenários: um bar gay fetichista e o apartamento de um dos personagens, um marinheiro bissexual. Temos também os travestis, os gays de couro, a cafetina e as cores fortes predominantes, como vermelho.
Apesar de curto, com 74 minutos, por conta de sua verborragia, o filme parece ter muito mais, tornando monótono com o seu discurso de "Eu não sou gay, eu sou homem!". O filme narra a breve historia do encontro casual de dois homens (um marinheiro e um técnico em computação, hetero) em um bar pra lá de eclético onde vemos strippers masculino e feninino, uma travesti idosa cheirando pó, muitos gays vestidos de couro, e outras doideiras. Esteticamente e narrativamente, o filme é uma bagunça: decupagem mal feita, câmera na mão sem rumo, cores excessivas, falta de ritmo, enquadramentos feios..fico na dúvida se tudo foi proposital, me parece que sim, para provocar estranhamento no espectador. Os dois atores estão ok, tentando dar dignidade aos personagens tão rasos e caricatos ( quer algo mais gay que um marinheiro forte e barbudo???). Enfim..vale como curiosidade para se assistir a um filme gay cubano, ou para quem curte cenas fetichistas e bizarras. Nota: 5
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