domingo, 9 de setembro de 2012
Os infiéis
"les infidelis" de Jean Dujardin, Gilles Lellouche, Emmanuelle Bercot, Fred Cavayé, Michel Hazanavicius, Jan Kounen, Alexandre Courtès (2012)
"Os infiéis" é uma coletânea de vários curtas, alguns até de 2 minutos. Todos interpretados por Jean Dujardim e Gilles Lellouchhe.
“La question”, de Emmanuelle Bercot; “Le prologue”, de Fred Cavaye; “Infidèles anonymes et inter-sketches”, de Alexandre Courtes; “La bonne conscience”, de Michel Hazanavicius; “Lolita”, de Eric Lartigau; e “Las Vegas”, da dupla de atores Gilles Lellouche e Jean Dujardin.
Todos os episódios giram em torno da, obviamente, infidelidade. Porém, de fora descarada. Não existe culpa. A traição sôa como algo natural, necessário para se manter o casamento. Alguns momentos são extremamente machistas, como naquelas piadas da revista Playboy. Um mini-curta, por exemplo, mostra um homem sendo atendido num pronto-socorro. Motivo: ele fez sexo anal com sua amante, e ficou com o pênis preso no ânus da jovem. Ninguém acha isso esntranho, nem mesmo a jovem abusada sexualmente. As amantes aceitam o seu papel de amantes sem qualquer tipo d sofrimento. Parece aquelas pornochanchadas nacionais, estreladas por grandes nomes do cinema e televisão, com muita malícia e sacanagem.
É interessante notar como o cinema francês nesses últimos anos deu uma guinada para o lado comercial. Não que isso seja ruim, pelo contrário, é salutar que o público tenha opções de entretenimento, seja filmes comerciais ou de arte. E fazer esse filme é válido, mesmo que o resultado não seja satisfatório.
Fazendo uso de grandes nomes do cinema autoral, entre eles os atores Guillaume Caunet e Sandrine Kimberlain, o filme é uma espécie de homenagem aos filme sitalianos dos anos 70. Na época, se produzia bastante filmes em episódios, geralemnte tendo o sexo como tema, e interpretado por atores famosos, e por cineastas idem. Inclusive, na aberturado filme, Jean Dujardim canta uma música disco italiana, deixando claro as referencias cinematograficas do filme.
Como todo filme em episódios, esse também é irregular. Apenas dois me deixaram impressionados: "Lolita" e "Las Vegas". Esse ultimo, reserva uma boa piada no final, acabando de vez com o conceito de machos. Os outros, são clichês sem muita originalidade. O filme é longo e se arrasta. Chega uma hora que a gente fica contando quantas histórias faltam para acabar o filme. De positivo, o uso de pérolas do cancioneiro pop dos anos 70 e 80 na trilha sonora.
Nota: 5
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