quinta-feira, 24 de maio de 2012
Flores do oriente
" The Flowers of war", de Zhang Yimou (2011)
Em 1937, a cidade de Nanquim, na China, é tomada pelas tropas japonesas, que promovem verdadeiras barbáries contra a população, massacrando-os. John Miller, um agente funerário, se esconde numa igreja católica, e lá, ele encontra o garoto George e um grupo de meninas, estudantes católicas. Nessa mesma igreja, um grupo de prostitutas de um bordel local também buscam abrigo. Um conflito se estabelece entre esses dois universos: o das estudantes católicas, e a do grupo libertino das prostitutas. Porém, os japoneses tomam de assalto a igreja, e John Miller resolve vestir a batina de padre e assumir o seu posto, na tentativa de defender as mulheres.
Grandioso filme de Yimou, que aqui estabelece um rigor técnico, nas inumeras cenas de batalha e violência. A direção de arte, a fotografia, o trabalho de cãmera, se unem para trazer a tona essa história de barbárie. As cenas de estupro e assassinatos são pesadas, mas de inegável força dramática. O trabalho de todo o elenco é a grande força do filme, que estabelece conflitos e valores morais, que fazem os personagens passarem por constantes tranformações. As cenas de efeitos especiais também são mutio boas. O roteiro do filme é tenso, mantendo sempre o interesse do espectador, mesclando melodrama , sem medo de exagerar no piegas. A cena que Shu, a jovem estudante, imagina as prostitutas dançando e cantando, é antológica, de uma beleza plástica incomum. O filme é longo, 146 minutos, mas vale cada segundo. Imperdível.
A curiosidade fica em ver Christian Bale de novo ao personagem mutio próximo ao filme que o lançou, " O império do dol", de Spielberg. Na mesma situação, ele fica enclausurado numa espécie de campo de concentração,na mesma China que sofreu a invasão na segunda guerra mundial.
Nota: 8
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