terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Yannick

"Yannick", de Quentin Dupieux (2023) Vencedor do pr6emio de melhor filme europeu em Locarno, "Yannick" é dirigido por Quentin Dupieux, realizador de filmes bizarros que flertam com o realismo fantástico e o surreal, como "Rubber". O filme, aliás, acontece todo em uma sala de teatro e pode perfeitamente ser adaptado para uma peça real com 4 atores: 3 homens e 1 mulher. Um texto muito bom com um desfecho amargo. "Yannick" flerta com a crítica social , com doses de humor e uma narrativa acridoce, mas com momentos de reflexão sobre o papel da arte popular: a quem ela se direciona? Dessa vez, o roteirista e diretor Quentin Dupieux abraça a narrativa realista, sem surrealismo. Durante uma sessão de uma peça de teatro, um espectador, yannick, se rebela contra o texto, achando-o clichê e sem embasamento real. Ele interrompe o espetáculo e diz que a sua vida real não está sendo bem retratada pelo tetxo, ao falar sobre classe trabahadora. Ele gastou dinheiro, conseguiu uma folga no seu trabalho de vigia noturno onde trabalha 7 noites por semana, pegou ônibus e andou 14 kilômetros. Ele cotesta a platéia burguesa, satisfeita com qualquer coisa que lhes é apresentada. mas o alvo de Yannick são os 3 atores, interpretados soberbamente por Pio Marmai, Sébastien Chassagne e Blanche Gardin, Raphaël Quenard no papel de Yannick (que significa 'Deus é gracioso" em hebraico) está excelente no papel, trazendo diversas camadas ao seu personagem. Um filme que agradará quem está em busca de um texto reflexivo, mas que pode desagradar quem busca mais ação e mneos diálogos.

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