domingo, 24 de março de 2013
Anna Karenina
" Anna Karenina", de Joe Wright. Essa e' a 1a adaptacao da obra literaria russ de Leo Tolstoi que assisti no cinema. Confesso que so conhecia o mote sobre o adulterio, mas nao o seu desdobramento. Ambientado na Russia Imperial de 1874, o filme narra a historia de Anna Karenina (Keira Knightley) , mulher casada com o Ministro Alexei ( Jude Law) e com filho, que se apaixona perdidamente pelo oficial Conde Vonskry (Aaron Taylor Johnson). O filme no fundo, e' um grande melodrama. Gosto bastante da direcao de Wright, que sempre mostrou planos virtuosos em todos os seus filmes, um fanatico por planos coreografados e muitas vezes, planos-sequencias. Ele trabalha tambem com muitos planos fechados, planos refletidos em espelhos, olhares, flertes. Aqui ele nao faz diferente. Muitas cenas antologicas, como no baile, onde os 1 personagens tem sua 1a valsa, juntos. No mesmo plano, as pessoas desaparecem e o casal danca sozinho. E' impressionante. Alias, toda a parte tecnica e' digna de nota: fotografia deslumbrante, direcao de arte e figurinos luxuosissimos. O curioso dessa adaptacao, e eu desconhecia, e' a sua fonte teatral. Wright se apropria da linguagem do palco e mistura seu filme entre realismo e teatro. Ora o filme se passa em locacao, ora nos palcos, e muitas vezes, os cenarios se transformam, como num palco, e surge outro cenario, ou as portas se abrem para uma locacao externa. E' tudo muito ambicioso. Tome-se como exemplo a cena de corrida de cavalos: ela comeca num palco, e continua numa externa. E' uma linguagem ousadissima, e que me fez delirar, mas tenho certeza de que muita gente deve ter torcido o nariz. Vejo aqui um parentesco com o recente " Os miseraveis": um musical todo cantado, do inicio ao fim, que encontrou cinefilos apaixonados e muitos detratores. Assim deve ser esse " Anna Karenina". A destacar a alta qualidade da Direcao, sempre surpreendendo, e o bom trabalho do elenco, incluindo Emily Watson, em pequeno papel. O filme e' longo, e perde o ritmo as vezes, mas pela sua beleza manteve todo o meu interesse.
Nota: 8
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