quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

O trem italiano da felicidade

"Il Treno dei Bambini", de Cristina Comencini (2024) Chorei horrores nesse melodrama italiano ambientado nos dias de hoje e durante o final da 2a guerra mundial, na Itália. O filme é adaptado do romance escrito em 2019 por Viola Ardone e adaptado pela cineasta Cristina Comencini. Seguindo a tradição dos grandes melodramas italianos, o filme começa em 1994, quando o violinista Amerigo Speranza (Stefano Accorsi) está prestes a se apresentar em um concerto. Ele recebe um telefonema dizendo que sua mãe faleceu. O filme volta para o ano de 1944. Em Nápoles, Amerigo (Christian Cervone, excelente) mora com sua mãe, Antonietta (Serena Rossi). O marido de Antonietta foi para os Estados Unidos e nunca mais deu notícias. Vivendo na extrema pobreza, Antonietta decide aderir a um programa do Partido comunista, que é a de eviar as crianças pobres para outras regiões da Itália, aonde elas serãoa dotadas temporariamente por famílias ricas. Os religiosos desacreditam o programa, dizendo que os comunistas irão comer as crianças. Ainda assim, Antonietta envia Amerigo, que não quer. Chegando em Módena, norte da Itália, as crianças são todas adotadas, come xceção de Amerigo. Penalizada com a situação do menino, a membro do partido comunista, Derma (Barbara Ronchi), uma mulher solteira, decide levar o menino para sua casa. Seu irmãos e os sobrinhos, todos comunistas, ajudam a cuidar de Amerigo. Derma, que nunca pensou em ter filhos, passa a sentir um instinto materno. Mas quando o inverno acaba, Amerigo deve voltar para a sua mãe, em Nápoles, e o conflito chega para todos. O filme é perfeito para quem gosta de histórias edificantes, e claro, de um bom melodrama, daqueles de fazer chorar muito. O elenco é todo muito bom, e o conflito do menino entre as 2 mães que ele tem na vida é dolorosamente cruel. E não se trata de posses, pois ambas as familias são pobres. O final , na leitura da carta, é de cortar o coração. A fotografia, de Italo Petriccione, e a esmerada direção de arte, Alberto Duelli, ajudam a dar a atmosfera perfeita para a narrativa.

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