quinta-feira, 7 de setembro de 2023

Subtração

"Subtraction", de Mani Haghighi (2022 Li em uma matéria que esse instigante suspense iraniano é uma livre adaptação do romance "Todos os nomes", de José Saramago, escrito em 1997. No filme não tem essa informação nos créditos. O filme parece ter saído da filmografia de Hitchcock, tal a precisão de detalhes e reviravoltas da trama, repleta de personagens dúbios. Usando comno base o conceito de doppelgängers, o duplo, o filme se aproxima de grandes filmes, como "A dupla vida de Veronique", de Kieslowsky, ou o pouco visto de Dennis Villeneuve, "O homem duplicado". O filme traz uma impressionante tecnica; chove o tempo todo no filme, e o efeito de duplicação dos atores na cena é muito bem realizada. A instrutora de direção de veículos Farzaneh (Taraneh Alidoosti) está com uma estudante em seu carro no trânsito de Teerã. Subitamente, ela vê seu marido Jalal (Navid Mohammadzadeh), que deveria estar fora da cidade, entrando em um ônibus. Curiosa, ela entra no ônibus e descobre que Jala está se encontrando com uma mulher. Farzaneh pede ao sogro que siga Jalal no dia seguinte, e para surpresa de ambos, o homem não é Jalal: é Mohsen, casado com Bita, e o casal é exatamente idêntico a Farzaneh e Jalal. O primeiro casal é da classe média, o 2o casal, é rico. Farzaneh está grávida: Bita tem um filho de 5 anos. Quando Farzaneh se encontra com Mohsen, e Bita com Jamal, o destino fará com que uma virada violenta se depare entre os casais. O desfecho do filme é absolutamente inesperado. Acompanhar o filme no início dá uma grande confusão, mas aos poucos, vai ficando clara o complexto contexto na qual a diabólia trama irá se encaminhar. Tendo como pano de fundo temas como machismo, maternidade, castas sociais, o filme traz atuações esplêndidas de Taraneh Alidoosti e Navid Mohammadzadeh. os personagens são totalmente diferentes: a nuance dos olhares, do trabalho corporal, é fantástico.

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