Small, slow but steadi

"Small, slow but steadi", de Shô Miyake (2022) Premiado em diversos festivais e concorrendo no Festival de Berlim 2022, "Small, slow but steadi" é baseado na história real da boxeadora profissional Keiko Ogasawara: nascida com deficiência auditiva, Keiko não escuta em nenhum ouvido. Ela trabalha de governanta em um hotel. Mas ela decide se aventurar no boxe profissional e de cara, vemce por nocaute uma primeira luta. Ela treina na mais antiga academia de boxe de Toquio, que fica no subúrbio e pertence ao Sr Sasaki (Tomokazu Miura). A academia passa por problemas financeiros e para piorar, o Sr Sasaki está doente. A relação de mentoria de Sasaki com Keiko é quas euma relação de pai e filha. Keiko agora se prepara para uma nova luta, apesar dos protestos de sua mãe, que não entende o fascínio da filha pelo boxe. O filme se passa no período de dezembro de 2020 a dezembro de 2021, durante a pandemia da covid-19. Esse fato pandêmico torna Keiko ainda mais solitária. Com performance formidável dos atores principais, o filme me fez lembrar bastante de "A menina de ouro", de Clint Eastwood. O contexto da pandemia dá um tom melancólico ao filme, que já traz uma protagonista que precisa lutar contra a sua solidão e o seu isolamento do mundo. Um filme dramático, mas apresentado sem sentimentalismo nem melodrama.