domingo, 28 de outubro de 2018

Podres de ricos

“Crazy rich asians”, de Jon M. Chu (2018) Todo mundo já sabe que “Podres de ricos” é baseado no best-seller de sucesso de Kevin Kwan e o filme se tornou a maior bilheteria de uma comédia romântica nos Estados Unidos em mais de 10 anos. O que talvez as pessoas não saibam, é que visualmente o filme seja das produções mais ricas, luxuosas e glamurosas a surgir nas telas em um bom tempo. Para espectadores que tem pavor de filmes que falam sobre gente que não tem culpa em serem bilionários e que gastam muito dinheiro, melhor ficar bem longe. Se você também odeia filmes onde a protagonista só quer ser feliz ao lado de seu príncipe encantado, que é lindo e milionário e bom coração, porque quer que a mulher seja feliz independente e solteira, se afaste do filme imediatamente. Para quem ama o tema de “Cinderela” e quer torcer pela mocinha, que luta pelos seus ideais e briga contra toda a família do seu amado, esse é o seu filme. “Podres de rico” é um filme à moda antiga. A sua história já foi contada mil vezes. O diferencial aqui é a Locação extraordinária da cidade mais cara do mundo, Singapura, com seus arranha céus modernosos aliados à tradições milenares. O elenco é maravilhoso, com destaque para Michele Yeoh no papel da mãe que só quer manter as tradições da família. Quando o filho Nick ( Henry Golding, o marido de “ Um pequeno favor”) surge com sua namorada, a professora de economia americana Rachel (Constance Wu), ela fará de tudo para afastá-los. O elenco de apoio é excelente, quase todos roubado as cenas, mas adoraria que em breve surgisse um spin off da melhor amiga de Rachel, a porra louca Peik Lin ( a YouTuber e Cantora de Hip hop Awkwafina). O filme faz parte de uma nova proposta de Hollywood de inclusão: elenco majoritariamente chinês em um filme americano, e que trata do tema das contradições culturais entre quem é nascido na China e quem nasceu nos Estados Unidos, assim como no filme “ O clube da felicidade e da sorte”. Trilha sonora mega pop com versões chinesas de “ Material girl”, da Madonna, e “Yellow”, do Coldplay. Fotografia mega colorida e direção de arte que faria Almodóvar gozar mil vezes. Confesso que soltei umas lágrimas na cena do avião.

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