sábado, 27 de outubro de 2018

Memória do que já se foi

"Memorias de lo que no fue/Boy undone", de Leopoldo Laborde (2017) Drama LGBTQ+ independente mexicano, repleto de cenas de sexo explícito e com alto teor de erotismo, e que termina como um suspense psicológico angustiante, bem no estilo de Michael Haneke. Um jovem acorda desorientado e sem memória, totalmente nú, em uma cama de um apartamento. Miguel surge de toalha enrolada na cintura, e diz que encontrou o rapaz em uma boite gay, desmaiado, e resolveu trazê-lo para sua casa. os dois acabam transando. Mais tarde, o rapaz descobre que seu nome é Fernando, mas mesmo assim, continua sem saber de sua história. Aos poucos, vai relembrando flashes de sua vida, envolvendo sexo com outros homens. Um filme totalmente obscuro, marginal, sujo, que fará a alegria de cinéfilos que curtem fetiches e voyeurismo. Uma mistura de Derek Jarman e Bruce la Bruce , estilizado e narcisista, onde os jovens atores se entregam totalmente aos seus personagens, em cenas intensas de sexo. De baixíssimo orçamento, o filme apresenta uma fotografia granulada, do próprio Leopoldo Laborde, que em seu tour de force, também escreveu, produziu, dirigiu, compôs a trilha e editou.

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