" Antikorper/Antibodies", de Christian Alvart (2005)
O serial killer Gabriel Engel é preso pela polícia, após uma ação espetacular. Assassino confesso da morte de 13 garotos, cujo sangue das vítimas ele pintava quadros com motivos religiosos. Um policial de uma cidade pequena, Michael Martens, resolve ir ao seu encalço para tentar desvendar o assassinato de uma menina local. Michael acredita que Gabriel é o responsável pela sua morte. Mas Gabriel vai fazendo de Michael um joguete, fazendo-o acreditar no mal do ser humano. Atormentado, Michael, até então católico fervoroso, vai derrubando suas crenças, e fazendo de sua vida um poço de culpa e dúvidas, pondo em prática tudo aquilo que até então ele pregava contra. O pior está por vir: Gabriel quer fazer Michael acreditar que o assassino da menina é o filho adolescente de Michael.
Assumidamente inspirado em " Silêncio dos inocentes" ( o personagem Gabriel até brinca em determinado momento, dizendo ao policial que esperava que ele fosse o " Hannibal"), esse " Anticorpos" faz, antes de mais nada, um tratado sobre a culpa cristã. Vários personagens têm nome de personagens bíblicos, e trechos da bíblia são citados o tempo todo, inclusive no desfecho, fazemos alusão a Abrahão e Isaac ( o pai que é obrigado a matar seu filho). O elenco está correto, com destaque para o ator que interpreta o personagem do policial atormentado Michael. O roteiro surpreende, mesmo buscando fórmulas de outros filmes do Gênero. Existe uma reviravolta na trama bem interessante. O desfecho desagradou a alguns, fazendo uso de fantasia para solucionar uma questão crucial para a trama. O filme é longo, 127 minutos, e poderia ter sido resolvido melhor se tivesse 20 minutos a menos. Mas fica a dica de um bom entretenimento, um filme que passou despercebido na época de seu lançamento e que merece uma revisão.
Nota: 7
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