sexta-feira, 11 de julho de 2025

La cache

"La cache", de Lionel Baier (2025) Concorrendo ao urso de ouro no Festival de Berlim 2025, "La cache" é o último filme do grande ator francês Michel Blanc, falecido em 2024. "La cache" é adaptado do livro autobiográfico best seller de Christophe Boltanski, vencedor do prêmio Femina. Co-produzido por Suíça, Luxemburgo e França, o filme tem uma excelente direção de arte e fotografia, e conta com um time de atores muito bons, que dão vida à família divertida e exótica de Christophe. Em meio à agitação de Paris em maio de 1968 , Christophe (Ethan Chimienti), um menino de 9 anos, está entusiasmado por passar mais tempo com o avô Etienne (Michel Blanc), um médico, e a avó (Dominique Reymond), que dirige seu carro por Paris entrevistando pessoas pessoas anônimas. A casa é frequentada, além de tios excêntricos, por artistas e intelectuais, e em determinando momento, o predidente Charles de Gaulle. A bisavó (Liliane Rovere)de Cristophe é fascinada pelo compositor Alexander Nwvsky e fica reclusa em seu quarto, abrindo somente para o pequeno Christophe, que se encanta com a figura bizarra dela. Os pais de Christophe (Adrien Barazzone, Larisa Faber) passam os dias em manifestações estudantis nas ruas de Paris e por isos o deixam com os avós. O filme é encantador e é nítido o carinho na escrita do roteiro e na apresentação de personagens carismáticos e apaixonantes. Me fez lembrar de "Esperança e glória", de John Boorman, com a guerra pelo ponto de vista de uma criança.

My partners

"Minu kallimad", de Eva Kubar (2024) Documentário estoniano dirigido por Eva Kubar, que durante anos, acompanha 3 diferentes casais de meia idade, em crises em seus relacionamentos. Os casais, estonianos e alemães, encontram no amor livre, na poligamia e no relacionamento em aberto a solução para seus problemas emotivos. Eles frequentam um acampamento de amor livre, de sexo tântrico, onde casais se isturam e se entregam aos impulsos. O filme, segundo eva, não julga nenhum dos casais, muito menos a cineasta. Em um momento, a mãe de um dos homens é convidada a visitar o acampamento e ela se revolta, acreditando que todos ali são loucos. Para quem busca erotismo, o filme traz muito pouco, pois esse não é o foco principal do projeto. A cada ano, a cineasta entrevista os mesmos casais, para entender se o amor livre foi benéfico ou prejudicial em suas vidas.

Um detetive em Chinatown

"Tángrénjiē Tàn Àn 2", de Chen Sicheng (2018) A franquia "Um detetive em Chinatown" é das mais bem sucedidas do cinem chinês. Unindo comédia, ação e aventura, com tramas detetivescas, os filmes têm uma dupla de atores mega estelares, Liu Haoran como o jovem detetive Qin Feng e seu tio amalucado e sem noção, o detetive Tang Ren (Wang Baoqiang). A franquia se iniciou em 2015, com os dois na Chinatown da Tailândia, em 2018 com eles na Chinatown de Nova York e 2021 com eles na Chinatown de Tokyo. "Um detetive em Chinatown" traz Qin Feng indo para Nova Yorl, convocado pelo tio Tang Ren, que o chamou para seu casamento. Mas chegando lá, Qin descobre que é uma mentira: seu tio o chamou para um caso onde a recompensa será 5 milhões de dolares. O chefão de Chinatown , Tio Qi (Kenneth Tsang), reuniu os melhores detetives do mundo por meio de um aplicativo chamado Crimaster e organizou uma competição para localizar o assassino de seu neto em uma semana, antes que ele morra. Caso ele morra antes de ser solucionado quem é o serial killer que anda matando pessoas em Chinatown, o dinheiro será doado para a igreja. O filme traz no elenco o ator americano Michael Pitt, como o Dr. James Springfield. O filme rendeu mais de 500 milhões de dólares na China, sendo o 5 filme d emaior bilheteria no país. Seguindo a tradição de comédis chinesas, o filme é repleto de cenas bizarras, gagas surreais inspiradas em desenho animado e as perfoamnces são exageradas e caricatas. Mas os chineses apreciam bastante esse tipo de humor,recheado de cenas de ação e computação em CGI.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Vera e o prazer dos outros

"Vera y el placer de los otros", de Federico Actis e Romina Tamburello (2023) Concorrendo no Festival de San Sebastian, o drama erótico coming of age argentino "Vera e o prazer dos outros" tem uma jovem protagonista, a adolescente Vera (Luciana Grasso), que descobre a sua sexualidade, seus desejos e fetiches através do prazer dos outros. e o melhor: o seu apettite sexual veio pelo fato dela se tornar uma voyeur, observando e ouvindo casais fazendo s3xo. A mãe de Vera, Adriana (Inês Estevez) é uma corretora de imoveis. Vera aproveita para pegar as chaves dos imóveis e os aluga para seus colegas da escola, que o utilizam para fazer sexo. Para surpresa de Vera, ela descbre que sua mãe também se apropria do apartamento vazio para transar com um outro corretor. Quando Vera conhece o jovem casal Nadia e Luis, ela participa do trisal, e decsobre que gosta de meninas e meninos. Um delicioso filme, dirigido e escrito por Federico ActisRomina Tamburello, com cenas bastante sensuais, respeitando os personagens e descrevendo tudo com bastante sensibilidade. Luciana Grasso é uma ótima presença em cena, e através de seu olhar, testemunhamos o despertar para o mundo do sexo.

Maladolescência

"Maladolescenza", de Pier Giuseppe Murgia (1977) Até hoje proibido em diversos países, acusado de pornografia envolvendo menores, "Maladolescência"é um filme obscuro italiano de 1977, escrito e dirigido por Pier Giuseppe Murgia. O filme foi co-produzido pela então Alemanha ocidental e Itália, e rodado na Áustria. Apenas 3 personagens aparecem no filme, e são todos menores de idade. Fabrizio (Martin Loeb, na época com 17 anos), Laura (Lara Wendel, na época com 12 anos) e Silvia (Eva Ionesco, na epoca com 12 anos.). Eva Ionesco já era famosa na época por conta das fotos dela nua que sua mãe vendia, o que gerou um filme rodado por Eva já adulta, relatando a sua relação com sua mãe. Fabrizio e Laura são amigos. Mas Fabrizio já não é mais uma criança. Dono de um pastor alemão, ele passa a descobrir seus impulsos e desejos e começa a assediar Laura moral e fisicamente. Apaixonada por Fabrizio, Laura se submete a todos os tipos de humilhação, que Fabrizio aproveita. Quando conhecem Silvia, Fabrizio passa a assedia-la e é correspondido, provocando ciúmes em Laura. O filme jamais poderia ter sido rodado nos dias de hoje. Na época já foi um escândalo, hoje provavelmente o cineasta seria preso. O filme traz cenas intensas e chocantes, e certamente, proibido para espectador sensíveis e menores de idade. Ume studo cruel sobre toxidade masculina, crueldade humana e feminicídio. Um verdadeio parato cheio para escâdalos.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

Fire on the plain

"Ping yuan shang de huo yan", de Zhang Ji (2021) Excelente thriller chinês, que faz parte do chamado cinema noir que já trouxe filmes premiados como "Carvão preto, gelo fino" e "O lago dos cisnes selvagens". "Fire on the plain" é adaptado do conto de Shuang Xuetao, "Moses on the plain", e é a estréia na direção do fotógrafo Zhang Ji. O filme competiu no Festival de San Sebastian 2025, e é ambientado em 2 épocas, 1997 e 2005. Em 1997, na cidade de Jiyuan, província de Jilin, nordeste da China, o chefe da polícia Jiang Bufan (Yuan Hong) investiga assassinatos de taxistas. O policial se infiltra e se faz passar por taxista, para poder prender o assassino. Ele conta com a ajuda do jovem rebelde Shu (Liu Haoran), filho de um rico. No prédio ond emora Shu, ele tem como vizinha Li Fei (Zhou Dongyu), uma jovem apaixonada por Shu e que tem aulas de arte com a mãe dele. Com o fechamento de fábricas, muitos operários perdem seus empregos, incluindo o pai de Li Fei. Após um homocício onde o policial Jiang é assassinado, se passma 8 anos. Shu se tornou policial, e decide continuar por conta própria a investigação sobre as mortes dos taxistas e do policial Jiang. O filme tem uma trama complexa e confusa. Ainda assim, é um excelente exercício de gênero, ond eo policial, o thriller e um enlace romântico entre Shu e Li Fei desencadeiam sub-tramas e plot twists interessantes. O diretor Diao Yinan, de "Carvão preto..", atua aqui como produtor executivo.

Tornado

"Tornado", de John Maclean (2025) Como eu queria ter gostado desse filme! Quando li a sinopse, pensei que seria um filmaço, misturando filme de samurais, com bandidos liderados por Tim Roth, dentro de um universo circense da Inglaterra de 1790. Mas de forma impressionante, o filme tem um ritmo muito lento e arrastado. A despeito de boas cenas de ação e um excelente elenco, o filme infelizmente não empolga. O que chama a atenção, é a inda fotografia em tons impressionistas de Robbie Ryan e a excelente direção de arte. Rodado na Escócia, o filme acompanha Tornado (Kôki), uma jovem japonesa que trabalha com seu pai Fujin (Takehiro Hira), um marionetista itinerante. Quando o bando dos bandidos liderados por Sugarman (Tim Roth) surge para roubar, o pai de Tornando, um samurai, acaba sendo morto. Ela foge até um circo e é auxiliada pelo donod, um amigo de seu pai. mas SUgarman e seu bando surgem e de novo destroem o circo, e Tornado decide que agora é hora da vingança.

Autonomous

"Autonomous", de Ian Henry (2019) Misto de documentário e drama em narrativa experimental, "Autonomous" é co-escrito e protagonizado por Petr Davydtchenko, um jovem artista russo residente na França, é conhecido por expandir os limites da arte e da performance, questionando temas como consumo, sobrevivência e o colapso das estruturas sociais. Ele é bacharel em Belas Artes pela Konstfack University College of Arts, em Estocolmo, e mestre em Escultura pelo Royal College of Art, em Londres. O filme é uma produção inglesa filmada no norte da França. A questão é: Imagine se Christopher McCandless, o protagonista de "Na natureza selbagem", biografia de Sean Penn, fosse um performer, e fizesse da sua arte uma luta contra a sociedade capitalista? Essa é a premissa de "Autonomous": vemos Petr Davydtchenko caminhando de bicicleta pelas estradas rurais do sudoeste da França, usando sempre a mesma roupa, tomando baho no rio, sem falar uma palavra e se alimentando apenas de animais atropelados na estrada. Em determinado momento, ele oferece um animal morto no alter de uma igreja. Assim é o filme todo, com peregrinações do artista, que se apresenta totalmente nú nas cenas de banho, sem qualquer pudor.

terça-feira, 8 de julho de 2025

Banzé na Rússia

"12 chairs", de Mel Brooks (1970) 2o longa-metragem dirigido por Mel Brooks, filmado entre dois de seus melhores trabalhos, 'Primavera para Hitler" e "Banzé no oeste", "Banzé na Rússia". O filme, totalmente rodado na Iuguslávia, é adaptado do romance russo de 1928 "As doze cadeiras", de Ilya Ilf e Yevgeny Petrov. Na União Soviética em 1927, Ippolit Matveyevich Vorobyaninov (Ron Moody), um aristocrata empobrecido da Rússia Imperial agora trabalhando como um burocrata de aldeia local, é convocado para o leito de morte de sua sogra. Ela revela antes de morrer que uma fortuna em jóias havia sido escondida dos bolcheviques ao ser costurada na almofada do assento de uma das doze cadeiras do conjunto de sala de jantar da família. Depois de ouvir a confissão da mulher moribunda, o padre ortodoxo russo Padre Fyodor (Dom de Luise), decide abandonar a Igreja e tentar roubar o tesouro. Pouco depois, na cidade de Stargorod, onde a antiga mansão de Vorobyaninov está localizada, um vigarista sem-teto, Ostap Bender (Frank Langella), conhece Vorobyaninov formam uma parceria em sua busca pelas riquezas da família. Curiosamente, a comédia aqui é bastante comedida. Mel Brooks faz uma participação. O filme funciona como um drama com humor, e traz uma trama de ganância, onde durante a história, cada uma das cadeiras é encontrada e disputada. O fato de Mel Brooks ter filmado na Iuguslávia trouxe bastante riqueza de detalhes tanto na direção de arte, figurinos e na presença dos figurantes. Um filme obscuro da carreira de Brooks, pouco conhecido, mas que vale ser visto.

Strike a pose

"Strike a pose", de Ester Gould e Reijer Zwaan (2016) Concorrendo no Festival de Berlim 2016, "Strile a pose" é um documentário que apresenta os bailarinos do icônico Tour "Blond Ambition", da Madonna, que rodou o mundo em 1990, e que no ano seguinte, rendeu o documentário "Na cama com Madona". 25 anos depois , os documentaristas foram atrás dos 7 bailarinos ( 1 deles, Gabriel Trupin, faleceu de Aids em 1994, e a mãe dele quem dá entrevista). Luis Camacho, Carlton Wilborn, Kevin Stea, Gabriel Trupin, Salim "Slam" Gauwloos, Oliver Crumes e José Gutierez tiveram suas vidas mudadas do dia pra noite quando foram selecionados por Madonna após milhares de dançarinos terem feito audição para a tour. O tema do filme é: Como lidar com o estrelato e a consequente realidade quando o artista não está mais no pódio? Viagens, imprensa, fãs, champagne, festas, motoristas particulares, hotéis de luxo. O despreparo dessas pessoas, muitas das vezes retiradas do mais baixo nível social, e que se deslumbraram com um universo de luxo e glamour, foi mortal. Drogas, decadência, doenças, tentativas de suicídio. Confesso que fiquei triste no final do filme, quando os 6 bailarinos, ao se reencontrarem, já maduros fazem um retrospecto de suas vidas e das possibilidades que poderiam ter acontecido. 3 dos bailarinos processaram Madonna, e agora, alguns confessam que se arrependeram do ato. O filme é um excelente veículo para fãs de Madonna: os antigos, para relembrarem de uma época onde o Show fazia escândalos aonde passava, por conta das ousadias de Madonna em contrariar a Igreja e a sexualidade; para os fãs mais jovens, entender a importância cultural desse "Blond ambition tour", divisor de águas no Show Business.

Canções do Segundo Andar

"Sånger från andra våningen", de Roy Anderson (2000) Grande premio do juri do Festival de Cannes 2000, "Canções do Segundo Andar" inaugura a trilogia do ser humano, que viria depois com "Vocês, os vivos" e "Um pombo pousou num galho refletindo sobre a consciencia". Roy ANderson é um cineasta sueco com um visual e narraiva bem particular, e que muitos críticos chamam de Ingmar Bergman da comédia. Seus filmes apresentam um rigor estético: planos fixos, sem decupagem, e uma fotografia em tom pastel, com atores atuando no auge da apatia, sem expressar emoções. É um misto de Wes Anderson e Aki Kaurismaki. Co-produzido por Suécia, Noruega, Dinamarca, França e Alemanha, o filme é formado por sketches, envolvendo um protagonista, um empresário já na terceira idade, que vai à falência e precisa encontrar outros meios para continuar vivendo sua vida. Além dele, o filme foca em personages paralelos que de certa forma, têm interação com o empresário. Roy Anderson critica o capitalismo, a religião e os meios de Poder, com gags visuais fortes e de humor ácido e cruel. Muitas cenas impresisonam pelo valor de produção, envolvendo uma quantidde de figurantes orquestrados em cenas de forma bastante alegórica.

Trapped

"Da feng sha", de Qi Zhang (2025) Ótimo faroeste contemporâneo chinês, "Trapped" foi premiado no Fetsival de Beijin como melhor roteiro e melhor ator coadjuvante. Me lembrei de "Os sete samurais", de Akira Kurosawa pela trama de heroísmo. Em 1995, um ano antes da implementação da política de proibição de armas para uso entre civis, um grupo de 44 bandidos invadem a pacata cidade isolada no deserto de Mangya. Boa parte da população saiu da cidade por conta da proximidade de uma tempestade de areia. O policial da cidade, Xia Ran (White K) e seu ajudante, o novato Jian Ning (Sun Ning) precisam enfrentar os bandidos, liderados por Beishan (Baiqing Xin), um fugitivo da prisão que quer rceuperar o dinheiro que ele enterrou perto da cidade. O filme é repleto de cenas de ação e tem uma excelente fotografia e efeitos especiais de CGI, principalmente na sequência da tempestade. As cenas de uta também são muito boas. É um filme sobre o patriotismo e sobre honra, e os personagens dos policiais são casrismáticos e nos importamos por eles, além do personagemd o guia turistico de Zuo Luo (Xiaochuan Li), que me fez chorar no final.

segunda-feira, 7 de julho de 2025

A vingança de Cinderela

"Cinderella's revenge", de Andy Edwards (2024) Co-produzido por Reino Unido e Estados Unidos, "A vingança de Cinderela" é um filme que destrói a reputação de seu autor, Charles Perrault. O filme é tão ruim, mas tão ruim, que é difícil entender a proposta do produtor e do diretor. Fosse um trash na sua concepção, teria sido certamente muito melhor. Mas o problema está a;i: ele não é trash o suficiente para torná-lo um cult. É apenas ruim. Para quem quiser assistir um slasher baseado em "Cinderela", deve assistir o excelente "The ugly stepsister", de Emilie Blichfeldt, esse sim, digno de estar entre os melhores filmes de terror. Cinderela (Lauren Staerck) tem seu pai degolado e vai morar com sua madrasta, Katherine (Stephanie Lodge) e as duas filhas dela: Josephine (Beatrice Fletcher) e Rachel (Megan Purvis). Todas maltratam Cinderela. Quando o Príncipe James (Darrell Griggs) anuncia um baile para se casar com a pretendente por quem ele se encantar, as irmãs se assanham. Cinderela é auxiliada pela Fada madrinha (Natasha Henstridge). Mas na fuga da meia noite, Cinderela diexa cair um sapato de cristal, e a madrasta e as filhas decidem se vingar dela. A fada confere à Coinderela uma máscara da morte, que lhe dá poderes de uma assassina. Dá pena de ver a atriz Natasha Henstridge, que protagonizou 'Bella donna", de FAbio Barreto, em um filme desses. Para não dizer que o filme não deve ser visto, ele tem momentos isolados que são até divertidos: Cinderela chega no baile com um carro Tesla, do Elon Musk!!!! é verdade! Se o filme tivesse investido mais nessas bizarrices, eu teria amado.

The sound

"The sound", de Brendan Devane (2025) Escrito e dirigido por Brendan Devane, "The sound" mistura diversos gêneros: drama, suspens,e ficçao cientifica, terror, suspense e ação. Tudo para contar uma história de uma montanha em Nevada, a fictícia Muralha proibida, onde acredita-se existe uma pedra mágica no topo que controla mentes e pode ser usada como uma arma poderosa. O filme começa em 1959, quando uma equipe de alpinistas morre ao escalar a muralha. O local foi fechado e somente reaberto em 2024. Sena (Marc Hills) e sua equipe de alpinistas decide escalar a muralha assim que ela é reaberta. Ele é neto de um dos alpinistas de 1959. Colton (Nicholas Baroudi) é o chefe da equipe e decide chegar ao topo. No entanto, à medida que o grupo vai chegando ao cume, uma força espiritual invade suas mentes e os fazem matar os outros. A história é tão doida, que inclui agentes do governo e um chefe indígena. As cenas de alpinismo com o elenco nitidamente foi filmado em estúdio. Os planos gerais, com alpinistas reais como dublês de ação, são até belamente registradas. Mas o filme tem uma trama confusa, é longo e um desfecho que beira o trash. Os atores são medianos e falta carisma aos personagens.

Becoming Madonna

"Becoming Madonna", de Michael Ogden (2024) "No risk no glory" é a frase que termina o filme, em um depoimento de Madonna. Para quem é fã de Madonna, esse documentário não traz informações que sejam realmente inovadores. Mas o motivo de se assistir, é que ele traz imagens de arquivo que eu memso nunca tinha visto antes e portanto, pelo menos para mim, inéditos. Cobrindo a vida da maior pop star feminina da música, o filme vai de 1979 a 1992, período de ascenção e onde a mídia a trata com olhares preconceituosos e sexistas. Chegando aos 19 anos em Nova York em 1979 com 35 dólares no bolso, Madonna estuda ballet e logo conhece o músico Dan Gilroy, que mora com seu irmão Ed em uma sinagoga. Madonna logo se muda e namora Dan, e é convidada a fazer parte da banda Breakfast club. O destino faz com que ela siga carreira solo e logo, cantando e dançando em blubes undergrounds de Nova York. Seu melhor amigo, Martin Burgoyne, lhe apresenta o mundo gay, que é essencial para a música e estilo de vida da cantora. Com o sucesso de seu primeiro disco, chega o 2o disco e os escândalos sexuais: os pais apavorados que seus filgos tenham Madonna como ídolo; a apresnetação de Blond ambition e a masturbação na cama; o casamento e posterior divórcio com Sean Penn; e a mídia a chamando de p3ta e vagabunda. Sua campanha na luta contra a Aids, as mortes de amigos, o medo de ser cancelada quando foram lançadas fotos nuas na Playboy e Penthouse. Quando chega 1992, Madonna chuta o balde e lança de uma única vez "Erotica", o livro "Sex", o documentário "Na cama com Madonna", para desespero dos conservadores. No desfecho, o documentário afirma que cantoras contemporâneas, como Chapell Roam e Charli Cxc não existiriam se Madonna não tivesse aberto as portas para cantoras como elas.

A prece

"La prière", de Cedric Khan (2018) Urso de ouro de melhor ator para Anthony Bajon, "A prece" é co-escrito e dirigido pelo premiado cineasta francês Cedric Khan. Thomas (Anthony Bajon) tem 22 anos de idade. Para tentar sair do vício, ele se junta a uma comunidade isolada nas montanhas formada por ex viciados que se entregam à oração e ao trabalho. Ele precisará se privar das drogas e álcool. Quando ele conhece a irmã Myriam (Hannah Schygulla), ela lhe faz entender o real significado da fé. Com performances arrebatadoras do elenco jovem, e uma participação comovente da diva de Fassbinder Hannah Schygulla, "A prece" é um filme que não julga os seus personagens. Em determinando momento, o roteiro parece querer fazer entender que a religião doutrina joves entregues às drogas e alcool, mas sabiamnete, o roteiro traz pequenas reviravoltas. Um filme denso, com perfrmances naturalistas e um belo e contundente desfecho.

A short story

"Posui taiyang zhi xin", de Bi Gan (2022) Concorrendo no Festival de Cannes 2022, "A short story" é escrito e dirigido pelo cineasta chinês Bi Gan, realizador dos prmeiados "Longa jornada noite adentro", "Kalli blues", "A ressurreição". O mais curioso é a forma como o filme foi financiado: o dono de uma loja de animais de estimação, fã dos filmes do cineasta, o convidou a dirigir o filme que ele quizesse, contanto que o protagonista fosse um animal. Bi Gan se baseou no surralismo e no onírico dos filmes de David Lynch, e para trazer o conceito de um gato protagonista e narrador, ele buscou referência em "A Ghost Story: , de David Lowery, em que Casey Affleck usa um lençol branco e se transforma em um fantasma. No filme, um gato preto encontra um espantalho que pede para ser queimado. O gato pega as roupas do espantalho e percorre o mundo, como se fosse um humano, em busca de 3 pessoas que possam lhe dar a resposta para uma pergunta filosófica: "O que é mais importante para você?" Me lembrei o tempo todo de "O pequeno príncipe", que através de uma narrativa que lembra um conto de fadas, traz discussões filosóficas acerca do sentido da vida. É um filme bonito, divertido e curioso, mas também confuso e melancólico.

domingo, 6 de julho de 2025

La prisonnière de Bordeaux

"La prisonnière de Bordeaux", de Patrick Mazui (2024) Concorrendo no Festival de Cannes 2024 na Mostra Quinzena dos realizadores, "La prisonnière de Bordeaux"traz duas grandes atrizes francesas, Isabelle Huppert e Hafsia Herzi em uma trama altruísta e social sobre duas mulheres que se apoiam em sua solidão. Alma (Isabelle Huppert) é casada com um cirurgião preso por infrações de trânsito. Mina (Hafsia Herzi) é lavadeira em uma lavanderia, mãe de dois filhos pequenos. Seu marido foi preso por assaltar uma joalheria. Alma é milionária e vive sozinha em sua mansão repleta de pinturas valiosas. Mina mora no subúrbio, em um conjunto habitacional. Ambas visitam seus maridos na prisão e é lá que elas se conhecem. Quando Mina discute com a guarda que a impede de visitar seu marido por conta de buricracia, ela reclama que morahá 3 horas do local. Alma, piedosa, decide convidar Mina e seus filhos a morarem com ela na mansão, pois assim ficará mais perto da prisão e ajudará a aliviar a sua solidão. O filme traz um retrato social sobre luta de classes, e como a personagem de Alma (nome sugestivo) se redime de sua culpa por ser rica e previlegiada, através de seu convívio com Mina. A tramaem si é pouco crível, mas certamente leva os roteiristas a fazerem o público questionar sobre as ações de ambas as protagonistas. É u filme médio dentro da extensa filmorafia de Huppert.

Ele é uma mulher, ela é um homem

"Gam chi yuk yip", de Peter Ho-Sun e ChanChi Lee (1994) Simpática comédia romântica realizada em Hong Kong, que pega o mote do clássico 'Vitor ou Vitória" e brinca com gêneros. Um famoso produtor e compositor musical, Sam (Leslie Cheung, de "Happy together" e "Adeus, minha comcunbina") decide lançar um novo cantor e promove um concurso em busca do novo talento. Sam é namorado da famosa cantora Rose (Carina Lau), que ele também ajudou a lançar. Wing (Anita Yuen) é fã do casal e ao saber do concurso, mesmo sendo garota, decide se candidatar só para poder conhecer seus ídolos de perto. ela pede ajuda a seu melhor amigo para fazê-la se transformar em um rapaz: corte de cabelo, figurino e postura corporal. Wing se apresenta e é um sucesso, ganhando o concurso. O problema é que tanto Rose quanto Sam se apaixonam por ela, tornando-se um conflito para o casal. Sam se quesona se é gay ou não, enquanto Wing, que também se apaixona por Sam, teme s erevelar e ele ficar chateado com ela. O filme tem ótimas performances do trio de atores principais, que na época, eram estrelas do cinema de Hong Kong. Com boas canções pop e um roteiro repleto de vaudeville, o filme diverte graças ao carisma de seus atores.

Missing child videotape

"Missing child videotape", de Ryota Kondo (2024) Adaptado do seu premiado curta homônimo de 2022, o roteirista e cineasta japonês Ryota Kondo estreía em longa com um terror sobrenatural. Em 2015, o jovem Keita Kodama (Rairu Sugita) é um voluntário que vaga pela floresta em busca de crianças desaparecidas. Keita trabalha como funcionário de um supermercado e divide seu apartamento com seu amigo Tsukasa Amano (Amon Hirai), um professor com dom de mediunidade e enxergar espíritos. Um dia, ao chegar em casa, Keita recebe uma caixa de sua mãe, que contém objetos pessoais dele, incluindo uma fita Vhs. Ao assistir a fita com Tsukasa, ele revê um video que ele gravou quando era criança, junto de seu irmão menor. Ao invadirem um prédio em ruínas na floresta, o irmão de Keita desaparece e nunca mais foi encontrado. Keita desde entõ vive um luto, numa obsessão de encontrar o irmão. Uma jornalista investigatva, faz uma matéria sobre pessoas que desapareceram na floresta e o caminho dos 3 cruza, até que decidem entrar na floresta para elucidar o caso de vez. O filme não é um terror no etsilo dos famosos terror japoneses dos anos 90, como "O grito" e ou "The ring". Aqui é tudo mais sutil, sme mortes nem sangue. O suspense mesmo só acontece nos últimos 20 minutos. Até então, o que prevalece é o drama e o mistério,, em ritmo bastante lento. O desfecho é confuso e aberto a interpretações.

M3gan 2.0

"M3gan 2.0", de Gerard Johnstone (2025) Lançado pela Blumhouse em 2022 com sucesso de crítica e público, não seria surpresa o lançamento de uma continuação. O que pegou todo mundo de surpresa, é que essa parte 2 é uma subversão do filme original. O anterior era puro terror. A continuação se tornou um filme de açao com cenas de lutas com artes marciais, pitadas de humor e o mais chocante: M3gan agora é a heroína. Muita gente comparou com 'Coringa 2", que mudou o formato e o gênero e as pessoas se sentiram traídas. Resultado: "M3gan 2.0" foi um fracasso monumental. A crítica se dividiu: teve quem gostase e outros odiaram. Gemma agora é uma ativista anti inteligência artificial. Sua sobrinha, Cadyy, agora com 12 ano,s etsuda robótica e luta aikidô. Uma robô assassina, Amelia, criada pelo exército em cima da tecnologia de M3gan, s erebela e quer destuir os humanos. M3gan se manifesta para Gemma e diz que pode ajudá-la, mas Gemma não acredita nela. Mas com Amelia se aproximando e ameaçando o mundo, Gemma e Cady decidem dar uma chancà M3gan e lhe arrumam um novo corpo. As heroínas precisam lutar contra o governo, o Fbi, bilionários gananciosos e a própria Amelia. Tirando o fato que o filme não é mais terror, dá para se divertir com "M3gan 2.0", especialmente se você curte filmes de ação e heroínas bad ass. Talvez o maior pecado seja a duração desnecessária de 2 horas, tornando a narrativa repetitiva e arrastada. Mas tem boas cenas de ação e boas personagens. A pena é que de fato, todo mundo esperava o retorno de uma M3gan assassina e má, o que não aconteceu. Até as bonecas assassinas têm direito à redenção.

sábado, 5 de julho de 2025

The butterfly house

"Pernikahan Arwah", de Paul Agusta (2025) Terror sobrenatural da Indonésia, "The butterfly house" se passa em 2 épocas: Nos anos 40, Mei Hwa vai se casar com Bhanu. Mas o país sofre a ocupação japonesa. As famílias de ambos são da resistência, e acabam sendo mortos antes do casamento pelos soldados japoneses. Nos dias de hoje, Salim e Tasya estão às vésperas de seu casamento. No dia do evento, Salim recebe ligação dizendo que sua tia faleceu. Salim cancela o casamento para resolver a questão do enterro da tia, já que ele é o único parente. Tasya fica irritada, mas decide seguir Salim para a cidade de sua tia para celebrar o casamento lá. Ela leva consigo o fotógrafo que fará fotos do álbum e a maquiadora, ambos seus amigos. Chegando na cidade, tanto Salim quanto Tasya passam a ter visões. Logo eles decsbrem que os espíritos de Wei Hwa e Bhanu querem se apossar de Salim e Tasya para poderem finalmente, se casar. O filme tem uma trama bem bizarra, mas o filme garante uns bons momentos de tensão, além de belas paisagens da região da Indonésia, além de costumes e hábitos sobre casamentos, ricos em detalhes. Não e um filme assustador, focando como pano de fundo em romance e vingança e traição.

Louco por ela

"Loco por ella", de Rodrigo Nava (2025) Remake do grande sucesso de 2021 espanhol "Loucuras de amor Louco por ela" é a versão mexicana de um filme que é uma comédia romântica com um tema bem polêmico: a romantização de doenças mentais, como bipolaridade e outros distúrbios. Alvaro (Diego Klein) conhece numa noite a espevitada e aventureira Carla (Minnie West), uma mulher sem limites para ser feliz, tirando Alvaro de sua zona de conforto. Eles passam uma noite juntos, sem saberem seus nomes. No dia seguinte, Alvaro não consegue esquecer Carla e decide ir atrás de seu paradeiro. Ele descobre que ela está internada em um hospital psiquiátrico e ele se interna, na esperança de que Carla esteja lá por engano. Lá dentro, ele conhece Saúl, Martha, Víctor e outros internos que o ajudarão a procurar por Carla, que Alvaro irá descobrir, sofre de bipolaridade. O filme é correto, mas não é tão bom quanto o espanhol, que tem um elenco mais divertido e carismático. A históra é fiel à original, e caso você não tenha visto, busque a versão espanhola.

Ice road- Vengeance

"Ice road vengeance", de Jonathan Hensleigh (2025) Continuação de "Missão resgate de 2021, "Ice road vengeance" traz novamente Liam Nessom naqueles heróis em filmes mega genéricos, que acho que nem o próprio consegue diferenciar mais. Seguindo o mesmo perfil de herói solitário e que surge para ajudar civis envolvidos com bandidos perigosos, dessa vez Mike (Neeson) precisa cumprir uma promessa que ele jurou ao seu irmão, falecido no filme anterior. Mike é um ex-veterano militar que abandonou tudo para viver uma vida anônima como caminhoneiro. Ele precisa levar as cinzas de seu Nepal para jogar do alto do Everest. O pedido é maluco, mas não fosse por isso, não existiria o filme. Chegando no Nepal, ele contrata a guia chinesa Dhani (BingBing Fan, estrela chinesa). Dentro de um ônibus com outros turistas, entre eles, um descendente de uma família nepalesa persgeuida por mercenários contratados para matá-lo, já que sua família é contra a construção de uma represa. O filme me lembrou de "Velocidade máxima onde boa parte do filme aontece dentro do ônibus. Para economiza dinheiro, o roteirista e diretor Jonathan Hansleigh filmou tudo em Walallha, Victoria, Australia, cenografando a cidade para parecer o Nepal, além de filmar imagens de 2a unidade no Nepal, sem elenco. Os efeitos de Cgi são muito pobres, nitidamente um everest que não é o real. Filme longo, de quase duas horas, sem ritmo, cenas de ação monótonas. Somente para fãs de Neeson que não se importam com seus filmes ruins.

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Iconic

"Iconic", de Matthew Freiheit (2024) Escrito e dirigido por Matthew Freiheit, "Iconic" é um filme indie que tenta a todo custar copiar idéias de "A substância". Mas tudo vem por água abaixo quando elenco, direção, roteiro e efeitos não trazem um mínimo de qualidade para trazer ao público as suas críticas ao mundo dos influencers, a pressão sobre beleza, juventude, seguidores. Rose (Emma Jade) é uma influencer que trabalha como cliente de uma agência. Ela cumpre suas metas de seguidores e conteúdo, mas existe uma pressão sobre a sua aparência. Quando ela conhece uma de suas seguidoras, Lily (Alyssa Anthony), elas se apaixonam e têm um caso. Mas Rose vai se cobrando cada vez mais e vai entrando em uma espiral de loucura e paranóia, acreditando que um homem a está persgeuindo e tem alucinaçõs sobre morte e assassinatos. Além de "A substância", o diretor traz referências de "A malvada". O melhor do filme são as imagens de Los Angeles, mesma locação do filme de Fergeat. O filme é confuso, e somente no final, faltando 4 minutos, o espectador entende o que aconteceu até então.

Reality +

"Reality +", de Coralie Fargeat (2014) Coralie Fargeat se tornou uma das cineastas mais cultuadas no mundo após o grande sucesso de "A substância", de 2024. Mas em 2014, ela havia lançado um curta chamado 'Reality +", onde as sementes criativas e temas de " A substância" já se apresentavam. Praticamente um episódio de "Black mirror", em 'Reality +" a sociedade vive uma pressão muito grande sobre juventude e aparência estética. Um homem, Vincent (Vincent Colombe) contrata os serviços da Empresa Reality +, que implanta um chip com duração de 12 horas por dia, onde a pessoa pode escolher seu corpo e rosto. Após escolher seu novo eu, Vincent + (Aurélien Muller) aproveita aproveita tudo o que a vida tem de melhor: baladas com gente bonita, flertes. Um dia, ao comprar um café em uma cafeteria, ele conhece a atendente Stella + (Vanessa Hessler), que ele percebe ser cliente do Reality + por conta de uma cicatriz na nuca. Eles passam a namorar, mas o tempo de duração de 12 horas torna-se um empecilho para eles. Até que um colega de trabalho lhe diz que uma empresa clandetsina está oferecendo um chip de duração de 24 horas. Uma versão contemporânea de "Cinderela", o filme de Fergeat tem m roteiro óbvio e previsível, mas a qualidade da produção, da fotografia e dos efeitos traz um grande chamariz a esse filme repleto de mensagens edificantes.

Things like this

"Things like this", de Max Talisman (2025) Essa comédia romântica lgbtqiap+ jamais teria acontecido, se o próprio ator, roteirista e diretor Max Talisman não tivesse ele mesmo realizado o filme. Sendo um ator plus size, dificilmente ele teria sido escalado para faezr par romântico com o ator Joey Pollari, um tipo padrão. Max deciidu que estava na hora de realizar um filme onde os corpos positivos são possíveis, e onde o sobrepeso não seja um impeditivo para um romance à moda antiga com um príncipe encantado. O filme segue toda a fórmula de uma romcom fofa e simpática, com personagens de apoio delineados em chavões que auxiliam os pombinhos a terem um happy end. Os dois protagonistas se chamam Zack. Zack (Talisman) é um aspirante a roteirista e luta para lançar seu romance de vampiros. Após ter sido abandonado por um ficante, Cazk decide ir até um Festival de novo talentos, e ali, conhece Zack (Pollari), um assistente e uma agente de talentos, tão sórdida quanto a miranda de Meryl Streep. Eles se curtem, mas a baixa auto estima de ambos e seus problemas pessoais dificultam um relacionamento. Zack (Pollari) vive um relacionamento tóxico com seu namorado, e para piorar, seu pai, Paul Mandel (Eric Roberts) é homofóbico. Max Talisman tem talento maior para a direção do que para roteirista, e mais ainda, para ator. Seu personagem é antipático e irritante, o que dificulta o público querer torcer por ele. Mas ainda assim, tem qualidades pela sua mensagem de aceitação.

Maldoror

"Maldoror", de Fabrice du Welz (2024) Elogiado pela crítica como um filme que homenageia David Fincer, principalmentte na construção narrativa lenta e gradual de "Zodíaco", "Maldoror", é inspirado na história real de Marc Dutroux, um serial killer p3dóf1lo que sequestrou, 3stupr0u e assassinou meninas, mas que, pela burocracia da polícia belga, acabou sendo solto e matando mais meninas. A opinião pública foi devastadora e ao governo teve que instituir mudanças na legistatura. O elenco, formidável, é composto por Sergi Lopes, como o serial killer, e o jovem ator Anthony Bajo, como o obcecado policial Paul Chartier. Anthony Bajon protagonizou em 2018 'A prece", pelo qual ganhou o urso de ouro de atuação em Berlim, e "Teddy", um excelente filme de lobisomens. Maldoror é o nome da operação da polícia belga para tentar prender assediadores sexuais. No grupo de policiais, está Paul Chartir, que acaba de se casar. O mais jovem da corporação, ele inflinge. A burocracia policial para ir atrás de criminosos, que acabam escapando. Paul decide ir por conta própria e decsobre uma poderosa rede de p3dofl1a mundial, que produz vídeos pornográficos e os vende. A atriz Beatrice Dalle, que deu vida à icônica "Betty Blue", interpreta a mãe mentalmente perturbada de Paul. O diretor Fabrice du Welz realizou no início dos anos 2000 dois cults do terror extremo, com muita violência gore: "Alleuia" e "Calvário". "Maldoror" é mais cruel do que violento, pois ao envolver crianças na história sofrendo maus tratos, torna-se quase insuportável assistir a determinadas cenas. É brutal.

Alta ansiedade

"High anxiety", de Mel Brooks (1977) Após suas grandes comédias "Banzé no oeste", "O jovem Frankestein" e "Silent movie", Mel Brooks lançou em 1977 a paródia "Alta ansiedade", uma colcha de retalhos de filmes de Alfred Hitchcock. O próprio, na época, leu o roteiro e o aprovou. Mel Brooks brinca com cenas icônicas de "Psicose", "Os pássaros", "Um corpo que cai", entre outros, juntando novamente a sua famosa trupe de comediantes espetaculares: Madeleine Khan, Cloris Leachmann, Harvey Korman, entre outros. Gene wilder iria interpretar o protagonista, o Dr. Richard H. Thorndyke, mas por problemas de agenda, acabou sendo interpretado pelo próprio Mel Brooks. O Dr. Richard Thorndyke (Brooks) chega como novo administrador do Instituto Psiconeurótico para os Muito, muito Nervosos em Los Angeles. Ele mesmo tem problema de ansiedade e de acrofobia, que é a fobia de altura, derivado de trauma de infância. Na clínica, ele é atendido pelos hilários vilões Dr. Charles Montague (Harvey Korman) e a sua enfermeira sádica Charlotte Diesel (Cloris Leachman). ele descobre que um médico outrora famoso foi internado à força, e ele é procurado pela filha dele, Vitória Brisbane (Madeline Kahn) para retirá-lo de lá. Como não poderia deixar de ser, o filme é uma comédia cáustica e devastadora, com gags sensacionais, garantindo gargalhadas para o público. As paródias aos filmes de Hictchcock são muito criativas, e todo o elenco de apoio está em total sintonia com o estilo de humor de Brooks.

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Jurassic Park- Recomeço

"Jurassic park- Rebirth", de Gareth Edwards (2026) O que mais me impressionou nesse 7o filme da franquia iniciada por Steven Spielberg em 1992, é a auto-referência que ele se faz nos creditos iniciais, ao anunciar que na dramaturgia, desde que as pesquisas foram iniciadas com os dnas dos dinossauros, o público perdeu o interesse e os parques foram fechados. Trazendo ao mundo real: como atrair a atenção do público para uma franquia que já está cansativa, onde o roteiro não tem por onde fugir, onde sempre tem um vilão ganancioso, mocinhos e uma família fugindo dos bichanos? A resposta é: trazendo a mesma história, acrescentando todo um novo elenco e apagando a existência dos anteriores, além de incluir referências a clássicos como "Tubarão", "Alien", "Godzilla" e "Um lugar silencioso". Nessa nova leva, chegam Scarlett Johanson, Jonathan Bailey, Mahershala Ali e uma família latina chata que está para cumprir cota e adiiconar as crianças fofas e seus bichinhos, numa clara referência "Lilo e Sticht", com direito à irmã mais velha. Spielberg retorna como produtor executivo, a trilha clássica de John Willians está ali, e o roteirista original, David Leopp está para recauchutar tudo do velho para contar a mesma história. O filme é bom? Olha, é um passatempo de quase 140 minutos. tem boas cenas de ação, bons protagonistas, um vilão óbvio. A trama da família sobra e impressionantemente, divide a tela com Scarlett e Jonathan Bailey. Scarlett é Zora, uma mercenária que é contratada por Martin (Rupert Friend), que está à serviço de uma empresa farmacêutica que precisa de amostrar de sangue de 3 tipos de dinossauros para produzir remédios para curar doença do coração. O paleontólogo Dr Henry Loomis (Bailey) e o marinheiro Duncan (Ali) seguem até a ilha onde dinossauros híbridos habitam, e no caminho, salvam uma família latina que estava passeando no mar.

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Magazine dreams

"Magazine dreams ", de Elijah Bynum (2023) Vencedor de prêmio especial do juri em Sundance em 2023, "Magazine dreams" foi comparado por críticos a "Taxi driver" e "Coringa", ao retratar a espiral de loucura do protagonista Killian Maddox (Jonathan Majors, cancelado para trabalhos após ser demitido pela Marvel, acusado de abusos contra mulheres). Ele é um obcecacdo no fisiculturismo, e que sonha em vencer um campeonato de Mr Olympia. A sua obsessão vai tornando-o cada vez uma pessoa violenta e paranóica. Seu pai assassinou sua mãe e se suicidou, e ele mora sozinho com seu avô doente. Killian não tem amigos e não consegue se relacionar com mulheres. ele tem um ídolo, o campeão de fisiculturismo Brad Vanderhorn (Michael O'Hearn), que ignora as suas mensagens. "Cisne negro" seria também uma boa referência, mostrando protagonistas que enlouquecem e se tornam vioentos e auto-destrutivos. É uma pena que Jonathan Majors tenha sido colocado de lado por má conduta, nesse filme ele está brilhante. A fotografia, a trilha, os enquadramentos, toda a parte técnica converge para trnar o filme quase que numa atmosfera de pesadelo. A duração de 2hrs 03 min se torna excessiva, podia ter pelo menos 20 minutos a menos.

Aviso de despejo

"Notice to quit", de Simon Hacker (2024) Escrito e dirigido por Simon Hacker, 'Aviso de despejo" é uma comédia dramática ambientada em Nova York e protagonizada por Michael Zegen, em seu primeiro papel de destaque, após o sucesso da série "The marvelous Mrs Maisel", onde ele interpreta o marido Joel Maisel. "Em aviso de despejo", a história acontece em um único dia na vida de Andy Singer (Zegen), que está tendo um dos piores dias de sua vida. O dia está muito quente. Andy é um corretor de imóveis que trabalha em uma imobiliária. Andy é um loser: há meses não consegue convencer um cliente a alugar um imóvel; seus colegas de trabalho debocham dele; ele está há meses com o aluguel atrasado e com aviso de despejo; ladrões de eletrodomésticos que o obrigam a ajudar a roubar os produtos nos apartamentos para alugar; e para piorar, a sua filha adolescente Anna (Kasey Bella Suarez) surge para passar um dia com ele, após ele descobrir que a mãe dela, a enfermeira Liz (Isabel Arraiza) se mudará para a Flórida com Anna no dia seguinte. O filme traz referências à "After hours", de Scorcese, com tudo dando errado e se tornando um caos, e "Lua de papel", com Ryan O'neil e sua filha Tatum O'neil, numa relação de dupla de malandros. O filme é uma produção indie que tem a grande façanha de filmar nas ruas de Nova York. É um filme que, mesmo com momentos d ehumor, traz uma melancolia muito grande, não só pelo fracasso da vida pessoas e profissional de Andy, retratando homens de meia idade que não encontraram sue espaço no mundo, quanto pela relação fracassada pai e filha. Ótimas atuações do elenco, carismáticos e comoventes.

terça-feira, 1 de julho de 2025

La pampa

"La pampa", de Antoine Chevrollier (2024) Co- produzido por França e Estados Unidos ( incrivelmente, a Disney + é uma das produtoras, o que me chocou, pois o filme tem cenas de sexo e uma imagem explícita) Concorrendo no Festival de Cannes 2023 na Queer palm e Quinzena dos realizadores, "La palma" é ambientada em uma pequena cidade no oeste da França chamada Longué-Jumellesu, onde acontece uma competição de motocross, e onde moram os dois melhores amigos, os jovens Willy (Sayyid El Alami) e Jojo (Amaury Foucher) Adolescentes, ambos competem no motocross. Os pais de mabos, quando jovens, também apaixonados por motocriss, criaram a pista da corrida e a chamaram de la pampa. Adolescentes, os dois amigos têm temperamentos diferentes: Willy é introvertido e Jojo é aventureiro. O pai de Willy morreu e o de Jojo é controlador. Após uma corrida, os amigos seguem para um bar. Willy curte uma garota e quando sai para procurar por Jojo, o v6e fazendo sexo com o treinador da equipe, mais velho. Willy fica chocado e a sua amizade com Joho fica abalada, mas ele prefere manter o segredo do amigo para si. Um da, um video de Jojo fazendo sexo com um homem viraliza, e Jojo surta com a exposição. O filme tem uma narrativa bem no estilo dos irmãos Dardenne, com a câmera documental acompanhando os personagens. É uma linguagem naturalista, e a história de amizade dos amigos segue para um desenlace tragico. Os atores são ótimos, com veteranos e jovens talentos.

Noites selvagens

"Les nuits fauves", de Cyril Collard (1992) Um dos filmes mais trágicos e urgentes sobre o espectro da morte que permeia a vida de jovens, "Noites felinas" é escrito, dirigido e protagonizado por Cyril Collard, morto aos 35 anos doença relacionada ao HIV. O filme é adaptado do livro escrito pelo próprio Cyrill. Ganhou 4 prêmios César: melhor edição, melhor filme, melhor estreia e atriz mais promissora para Rohmane Nringher, espetacular como a jovem Laura. Cyrill faleceu 3 dias antes da premiação, em 1993. O filme é um retrato contundente e fiel do avanço do HIV em 1986, quando a doença estava no auge e era sinônimo de morte, sem um tratamento eficaz. A doença fez crescer também a homofobia e casos de suicício. Jean (Collard), fotógrafo, tem uma vida sexual bastante ativa e sem prevenção. Ele frequenta pontos de pegação e feaz sexo com anônimos. Bissexual, ele descobre que contraiu Hiv, mas isso não o impede de fazer sexo com homens e mulheres sem camisinha e sem alertar as pessoas que é soropositivo. Durante uma sessão de fotos para uma campanha, ele conhece a jovem modelo Laura (Boringher) de 18 anos, e ambos se apaixonam arduamente. Fazem sexo sem camisinha até que ela descobre estar com HIV. Ela surta, mas está tão apaixonada por jean, que quer continuar a ficar com ele e fazer sexo sem camisinha. Jean conhece o jovem Sammy (Carlos Lopez), um jovem rebelde desempregado e hetero, mas acaba descobrindo através de Jean que é bissexual. O filme tem performances viscerais e devastadoras, com muita química entre os 3 protagonistas, que exalam muita energia em cena. O filme poderia render uma excelente peça de teatro, bruta, trágica e violenta, sobre um período na história onde viver e morrer tinham o mesmo peso.

segunda-feira, 30 de junho de 2025

F1

"F1: The movie", de Joseph Kosinski (2025) Co-roteirista e diretor de "f1", Joseph Kosinsky dirigiu o mega sucesso "Top gun: Maverick", de 2022 e "Tron Legacy", de 2010. Eu sinceramente não consigo gostar de filmes sobre esportes, e sobre corridas então, eu fujo. Na verdade, 2 filmes ambientados no meio automobilistico me agradaram, que foram "Ford Ferrari" e "Rush", pois tinham um roteiro que focava mais no drama dos protagonistas do que na pista em si. Brad Pitt já havia protagonizado um filme que nunca consegui assistir inteiro, "O homem que mudou o jogo", que sabe-se lá como, entrou na lista da The new York Times de 100 melhores filmes do século XXI e no 45o lugar. O problema deve ser comigo mesmo. Em "f-1", o diretor Kosinsky filmou durante o campeonato de F1, inclusive inserindo equipes e corredores reais na trama. Essa super produção não economizou dinheiro e tudo está ali visível, um mega valor de produção. Brad Pitt é Sonny Hayes, que largou a F1 e vive em um trailer. Após um acidente em 1993 na Espanha, ele deciidu encerrar sua carreira. Mas ele é procurado por seu ex-colega de equipe Ruben Cervantes (Javier Bardem), dono da APXGP F1 Team e que quer que ele faça parte de seu time na F1, junto do jovem corredor arrogante Joshua Pearce (Damson idris) e da diretora técnica Kate McKenna (Kerry Condom), com quem obviamente, irá ter um relacionamento. "Top Gun" e "F1" fazem parte do ambiente que Kosisnky tem habilidades: esportes, ação, pirotecnica, masculinidade, mulheres lindas e sedutoras, adrenalina e claro, uma direção e fotografia impecáveis, aliado à edição e trilha sonora arrebatadoras. Mas fiquei agoniado, rezando para que os quase 150 minutos do filme passasssem voando, assim como os carros na pista.

domingo, 29 de junho de 2025

Castillos de cartón

"Castillos de cartón", de Salvador García Ruiz (2009) Concorrendo ao prêmio de melhor filme no Valladolid International Film Festival, "Castillos de cartón" é um drama erótico envolvendo um trisal. Não tem como não comparar ao clássico de Bernardo Berolucci 'os sonhadores", até porqu6e os 3 jovens protagonistas são belos e sedutores como os de Bertolucci. O filme só não traz o teror político do filme francês, focando mais no drama dos envolvidos no trisal e suas particularidades sexuais. O filme é adaptado do romance homônimo de Almudena Grandes. Nos anos 80, em uma Faculdade de Belas artes, três estudantes de arte se envolvem romanticamente: José (Adriana Ugarte), que é desejada pelos amigos Marcos (Nilo Zimermann) e Jaime (Biel Durán). Marcos é introvertido impotente, e Jaime é mais sexualizado e extrovertido. Basicamente o filme apresenta muitas cenas de s3xo, nudez total do belo elenco, muitos diálogos cansativos e uma incrível falta de tesão nas imagens. O que "Os sonhadores" tinha de química e desejo, aqui fica tudo bem frio, coreografado, soando falso.

Cão branco

'White dog", de Samuel Fuller (1982) Um dos mais polêmicos e controversos filmes dos anos 80, "Cão branco" foi vetado pela própria Paramount, que n só o lançou nos cinemas, e em circuito reduzido, 10 anos depois de estar pronto, e após a morte do cineasta Samuel Fuller. "Cão branco" foi seu último filme rodado nos Estados Unidos. O filme é baseado em romance escrito por Romain Gary, baseado em uma história ocorrida com ele e com a atriz Jean Seberg. O casal, morando em Los Angeles, adotou um cão nos anos 70, e descobriram depois que ele havia sido treinado para atacar pessoas negras. Antes do lançamento, houve uma circulação de que seria um filme racista, e por isso, o filme foi vetado. O filme foi finalmente adquido pelo selo Criterion collection em 2008 e hoje é considerado uma obra prima. A trama apresenta a jovem atriz Julie Sawyer (Kristy McNichol), que atropela um pastor alemão branco sem querer e o leva até um veterinário. Apaixonada por animais, ela decide ficar com ele. Ela percebe que ele ataca pessoas negras e se recusa a matá-lo, levando-o ao treinador negro Keys (Paul Winfield) para entender a possibilidade de curá-lo. Com trilha sonora de Ennio Morricone, o filme é uma "parábola direta sobre relações raciais", segundo um crítico de cinema. A idéia do romance é questionar se o racismo é uma doença mental curável ou um comportamento aprendido, ou se é uma doença intratável. O filme foi lançado na época como um filme de terror, mas anos depois ficou clara a sa metáfora sobre o racismo adquirido por induçao.

Fight or flight

"Fight or flight", de James Madigan (2025) Imaginem um filme de ação com humor ácido, protagonizado por Josh Hartnett e que mistura as tramas de ""Trem bala", com Brad Pitt, 'Serpentes à bordo", com Samuel L Jackson e "John Wick", com Keanu Reeves? Asim é "Fight or flight", uma trama exagerada, repleta de porradaria e cenas de ação que mais parecem desenho animado do Pernalonga, de ntro de um avião que segue da Tailândia para San Francisco. Lucas Reyes (HArtnett) é um ex-agente da Cia que por conta de um trauma durante uma ação, abandonou tudo e se isolou em Bangkok, tornando-se alcólatra. Ele é procurado pela sua ex-namorada, agente da Cia, Katherine Brunt (Katee Sackhoff)para uma missão: embarcar em um vôo até San drancisco, onde ele deve prender um passageiro perigoso. O que ele não poderia imaginar, é que ele mesmo é o alvo, e o avião está repleto de mercenários querendo recompensa por ele. Ele conta com a ajuda da comissária indiana Isha (Charithra Chandran), uma mulher destemida. Para entrar na vibe do filme, tem que curtir a maluquice do roteiro. O filme tem cenas de açã muito doidas, e em uma delas, uma mercenários hipnotiza Lucas, que se imagina em um universo lúdico. ë farsa pura, com o elenco se divertindo bastante em momentos caricatos. O final fica em aberto para uma sequência, a unica parte que achei ruim.

Down the river

"Down the river", de Anucha Boonyawatana (2004) Drama romântico lgbtqiap+ tailandês, "Down the river" apresenta dois melhores amigos que estudam em uma high school, Krit (Prakasit Horwannapakorn) e Vin (Napong Viriyasomboo). Kit é gay assumido e sempre nutriu paixão por Vit, que é hetero. Vit anuncia a Krit que irá se alistar no exército, Krit pede para que Vit vá com ele até o templo budista, e sem que Vit saiba, krit pede ao monge que seus pedidos sejam atendidos , ou seja, que Vit se apaixone por ele. Krit convida Vit para nadar na distante cachoeira de Pachang, mas para sua surpresa, Vit convida também sua namorada e uma amiga dela, o que enfurece Krit. Um filme repleto de sensualidade e como boa parte dos filmes tailandeses, uma atmosfera enevoada, onírica, com alementos de realismo fantástico e de poesia, lindamente fotografada.

sábado, 28 de junho de 2025

Escolinha do babado

"But I'm a cheerleader", de Jamie Babbit (1999) Deliciosa e divertida comédia romântica Lgbtqiap+ co-escrita e dirigida pela cineasta Jamie Babbit. O filme foi um dos primeiros trabalhos de atrizes hoje consagradas, como Natasha Lyone e Michelle Willians. A trama gira em torno de terapias de conversão para jovens queer. No elenco, além de Matasha e Michelle, tem Cathy Moriarty (a esposa de Robert de Niro em "O touro indomável) e aqui no papel da terapeuta de conversão Mary Brown, além de Melanie Lynskey ( a parceira de Kate Winslet em 'Almas gêmeas"), no papel da interna Hillary e Ru Paul, como um dos instrutores da terapia, Mike. Michelle Willians faz uma ponta como Kimberly, uma das irmãs de Megan, papel de Natasha. A cheerleader Megan (Lyon) tem um namorado, mas o evita. Seus pais acham o comportamento dela estranho e a enviam para o True Directions, um campo de terapia de conversão, na esperança de erradicar seus pensamentos homossexuais e trazer de volta a garota normal que os pais acreditam que ela já foi. Organizado à mão de ferro por Mary brown, Megan conhece os outros internos, e logo se apaixona por Graham (Clea DuVall). Mary tenta todos os tipos de exercícios, mas eles são pouco eficientes com o grupo. De noite, enquanto Mary dorme, todo o grupo foge para uma boite gay e ali descobrem a liberdade. A diretora Jamie Babbit quiz fazer um filme que visualmente e nas interpretações fosse um contra ponto para a estética de "Meninas malvadas". Tudo é bem colorido, as performances t6em um ponto acima. Muitas cenas são hilárias, os personagens são bem carismáticos e cada um tem a sua individualidade. A paixão entre Megan e Graham é linda e todo mundo torce por elas.

L'attachement

"L'attachement", de Carine Tardieu (2025) Concorrendo no Festival de Veneza 2024, o drama francês "L'attachement" me comoveu bastante e me fez chorar muito. A roteirista e diretora Carine TArdieu faz de tudo para evitar o sentimelntalismo barato e o melodrama e faz um filme sobre maternidade e luto. Adaptado do romance escrito por Alice Ferney, "L'Intimité", o filme apresenta Sandra (Valeria Bruni Tedeschi) uma mulher de 50 anos, solitária e feminista. Ela é dona de uma livraria que vende livros de conteúdo feminino. Os seus vizinhos da frente, Alex (Pio Marmaï) e Cecile estão grávidos e pedem o favor para Sandra para ela cuidar do filho de 5 anos Elliot (César Botti) enquanto Cecile dá à luz no hospital. Sandra e Elliot passam o dia juntos, e mesmo Sandra tendo pouca intimidade com crianças, ela acaba achando proveitoso. Para tisteza de todos, Cecile falece no parto, dando luz a Lucille. Alex tenta se recuperar do luto, e Sandra acaba ajudando- com Elliot, a quem ela, surpreendentemente, vai se afeiçoando cada vez mais, indo contra a sua tese de querer ter filhos. E para piorar a sua convicção feminista, Sandra se apaixona por Alex e sente vocação em formar uma família, o que a deixa em crise. Um filme brilhante, com roteiro delicado e performances arrebatadoras de Valeria e Pio Marmai. Mas é Cesar Botti, essa criança de 5 anos, que rouba absolutamente todas as cenas do filme. Ele é adorável, inteligente, carismático e apaixonante, e fica fácil entender porque Sandra vai se contrariando em seus ideiais. O final toca a música de Maria Creuza, "Você abusou".

Deva

'Deva", de Rosshan Andrrews (2025) Remake do policial "Mumbai police", "Deva" é uma superprodução indiana, um thriller policial com otimas ceas de ação e claro, uma maravilhosa cena de musical durante um casamento, conforme a cartilha de Bollywood. O filme apresenta um policial, Dev (Shahid Kapoor). Rohan D'Silva (Pavail Gulatie) é o seu melhor amigo, tambem policial, uma pessoa íntegra e honesta. Um dia, ao receber um prêmio pelo seu trabalho, Rohan é assassinado. Dev jura vingança e decide ir atrás do criminoso. Assim que descobre o autor do crime, Dev sofre um acidente e fica desmemoriado e sem a lembrança de quem era o assassino, e precisa recomeçar do zero as investigações. O filme faz de tudo para promover o protagonista Shahid Kapoor para ser um sex symbol. Seu figurino apertado, sua perfomance sedutora, a fotografia e câmera, tudo faz ele exalar masculinidade e tesão. filme é dividido em 2 partes, e mesmo sendo interessante, é longo demais, com 2hr30 de duração. Muitas cenas como a do casamento, são grandiosas e chamam atenção pelo valor de produção. O plt twist da descoberta do assassino é realmente uma surpresa.

Seis Mulheres Para o Assassino

"6 donne per l'assassino", de Mario Bava (1964) Um dos grandes mestres de terror no cinema italiano, Mario Bava realizou "Seis mulheres para o assassino" em 1964, e o filme é considerado o precursor do gênero giallio, movimento que ganhou força no final dos anos 60, com diretores como Dario Argento, Lucio Fulcci e Sergio Martino. Nesse filme, é impressionante o excelente trabalho de fotografia, de Ubaldo Terzano, usando cores fortes e com enquadramentos que mais parecem obras de arte, certamente vanguardas para a época. A trilha sonora, de Carlo Rustichelli, também é um grande momento do filme. Em uma mansão onde existe um grande ateliê, uma modelo, Isabela, é assassinada. Logo, a dona, Cristiana, as modelos e funcionários descobrem que no diário que Isabela mantinha, continham segredos que poderiam incriminar qualquer um deles. O Assassino passa a matar um a um, querendo recuperar o diário.Já nos créditos iniciais já se percebe o grande apuro técnico e visual do filme: todo o elenco posa como se fossem manequins, e com os nomes aparecendo. É de alto nível de estilização. Uma grande obra-prima do cinema que merece ser revisto. É impressionante a caracterização do assassino, usando capa e máscara branca, exatamente igual a Rorschach, dos The Watchmen. Certamente Alan Moore copiou esse look.

sexta-feira, 27 de junho de 2025

Viajantes noturnos

"Nightflyers", de Robert Collector (1987) Nos anos 80 e 90, surgiram tantas cópias mal feitas e de baixo orçamento, verdadeiros caca niqueis, de filmes de ficçao científica, que boa parte desapareceu depois. Alguns revistos hoje, se tornaram cults, outros pérolas kitchs, mas a maioria, morreu no limbo por serem ruins. "Viajantes noturnos" é adaptação de um conto de George RR Martin, que vem a ser o autor de "Tha game of thrones". mas nos anos 80, ele escrevia ficções científicas que ficara bem conhecidas. O filme traz referências de "Blade runner", Alien, o 8o passageiro" e "2001", mas por conta do baixo orçamento, as menções a esses filmes ficaram bem modestas. No século XXI, o cientista D'Brannin decodifica um sinal alienígena dos Valkrens e reune uma equipe seguir com ele: Audrey, Keelor, Darryl, Lilly, Jon Winderman (um telepata), a assistente de Jon, Eliza, e Miranda. Eles embarcam na nave chamada Nightflyer, e são recebidos por um holograma do capitão, Royd Eris. A nave é comandada por um computador, que possui a inteligência da falecida mãe de Royd. Ela fica com ciúmes possessivos de um possível romance de seu filho com uma das tripulantes e decide que ninguém irá embora, matando um a um. O filme é uma delícia. efeitos toscos, figurinos e caracterização cyber punk, uma trilha sedutora e uma direção de arte estranha. Mas o que chama mais atenção é a fotografia repleta de fumaça, um pedido da direção, tornando todo o visual nebuloso.