quarta-feira, 2 de abril de 2025
Zé
"Zé", de Rafael Conde (2023)
"Ainda estou aqui" foi um grande sucesso mundial de crítica e público e abocanhou o Oscar de filme internacional. 'Zé" trata do mesmo tema da ditadura no Brasil. No entanto, a abordagem visual, estética e narrativa são gritantes. O filme de Walter Salles tinha um orçamento de blockbuster. 'Zé" é um filme indie, e portanto, toda a tensão política é retratada de forma minimalista. Ao invés do público ver, ele escuta. Verborrágico, o filme de mais de 2 horas acontece em interiores na maior parte do tempo, e todas as ações militares, policiais, movimentos estudantis, são dialogados, mas nunca visto. O filme conta a história real do líder do movimento estudantil de Minas Geraus José Carlos Novais da Mata Machado (Caio Horowitz). Aluno da Faculdade de Direito da UFMG, Zé foi presidente do centro acadêmico da unidade, promovendo debates e passeatas e por isso, alvo dos militares. Filho de classe média alta, Zé conhece sua namorada Bete (Eduarda Fernandes), com quem tem 2 filhos. Gilberto (Rafael Protzner), irmão de Bete, é aceito como militante na clandestinidade de Zé, mas depois é revelado como agente do regime militar.
O filme tem um ritmo muito lento e as performances sõam teatrais e com falas bem marcadas. A proposta do diretor traz um cinema de guerrilha, com jovens talentos no elenco, com destaque para Caio Horowitz, um dos melhores atores da nova geração.
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