quarta-feira, 2 de outubro de 2024
Sidonie no Japão
"Sidonie au Japon", de Elise Girard (2023)
Em 1959, o cineasta francês lançou a obra-prima "Hiroshima mon amour", apresentando o romance entre um japonês e uma francesa e o filme escandalizou meio mundo. Agora, a roteirista e diretora francesa Elise Girard, uma apaixonada pelo cinema japonês, lança "Sindonie no Japão", a sua homenagem ao cinema asiático, reverenciando mestres como Kenzo Mizoguchi, um dos grandes cineastas japoneses. Ele dá nome ao editor de livros Kenzo (Tsuyoshi Ihara), que convida a romancista Sidonie (Isabelle Huppert, luminosa)para relançar seu primeiro livro em Ogata. Sidonie é viúva, e carrega uma dupla tragédia na vida: seus pais e seu irmão morreram em acidente de carro e ela foi a única que sobreviveu. Depois, seu marido também morreu em acidente de carro, e ela sobreviveu. De luto, ela não sabe se viaja, mas ao chegar lá, ela passa a conhecer os hábitos e costumes japoneses (quase semelhante a "Encontros e desencontros") e acaba se aproximando de Kenzo, um homem reservado, mas que também traz uma tragédia: seus pais morreram em Hiroshima. Para sua surpresa, o marido de Sidonie, Antoine (August Diehl) surge. Para Kenzo, o Japão é a terra de fantasmas, e por isso, a aparição.
Concorrendo nos festivais de Veneza e San Sebastian, o filme é co-produzido por França, Alemanha, Suíça e Japão. Lindamente fotografado e com uma trilha sonora elegante, o filme mescla drama, romance e comédia em momentos divertidos ( as gags no hotel com o marido fantasma são deliciosos) e sensíveius, na exploração do luto e da solidão.
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