sábado, 19 de outubro de 2024
Underground orange
"Underground orange", de Michael Taylor Jackson (2024)
Anunciado como um filme "gênero fluído", "Underground orange" é um filme indie LGBTQIAP+ co-produzido por Argentina e Estados Unidos.
Michael Taylor Jackson escreveu o roteiro, dirigiu e protagoniza essa alegoria política, social e cultural que remete muito aos filmes anarquistas dos anos 60 e 70. Uma crítica ao capitalismo, ao império americano e aos governantes de ambos os países. Yanqui (Michael Taylor Jackson) é um americano que está em Buenos Aires procurando o túmulo do pirata argentino Hippolyte Bouchard, que teve como grande feito, a conquista de Monterey, California, por alguns dias. Durante o passeio na cidade, Yanqui é assaltado por dois jovens, e perde tudo: dinheiro, passaporte, carteira. O hotel o rejeita e ele recebe a ajuda de um empresário alemão, que na verdade quer assediá-lo. Yanqui decide dormir no cmeitério. Ao acordar, encontra uma trupe experimental de teatro que encena uma cena de Diego Rivera e Frida Kahlo. O trio convida Yanqui para acompanhá-los e fazer parte da trupe. Eles querem montar um texto que critica e julga o presidente americano Henry Kissinger pelos crimes contra a Argentina, e Yanqui é o ator que faltava.
O filme traz no elenco e nos personagens a diversidade de orientação sexual: lésbicas, gays, não binários, trans. Assim como em "Raspberry reich", de Bruce La Bruce, o filme é uma grande sátira político, e se apropriam do sexo, que segundo os artistas, é por onde passa a revolução. No fundo, não curti o filme, achei chato e datado. Mas valeu como provocação.
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