"Calladita", de Miguel Faus (2023)
Premiado drama co-produzido por Espanha e Estados Unidos, tem como um dos produtores o cineasta Steven Soderbergh. O filme é uma adaptação do curta do mesmo diretor, "Calladita". A história lembra muito outros filmes que mostram a relação patrãoes e empregados, já vistos em filmes como "A criada", "Roma", "Que horas ela volta" e "Uma nova ordem".
Ana (Paula Grimaldo) é recém chegada da Colômbia. Sem documentos, ela trabalha para uma família rica na Espanha como doméstica. Envolvidos com o negócio de arte, os patrões, o casal Pedro (Luis Bermejo) e Andrea (Ariadna Gil), pais de dois adolescentes. Ana faz o seu trabalho sem se envolver nos problemas da família. A filha e o filho estão na flor de suas sexualidades e aproveitam as saídas dos pais para fazerem sexo com seus respectivos namorados e namoradas. Ana observa a tudo atentamente. Quando ela conhece a empregada dos vizinhos, Gisela (Nany Tovar), ela passa a se soltar mais. Gisela a leva para festas nos arredores, eala bebe e ela se excita e excita os homens presentes. Quando os amigos do filho dos patrões surgem na casa, eles assediam Ana. Cansada das promessas de seus patrões de conseguirem legalizar a sua situação e nada, tendo que enviar o salário para que sua mãe pague a faculdade de sua irmà, Ana decide revidar.
Defendido pela ótima performance de Paula Grimaldo, o filme traz a questão da luta de classes pelo ponto de vista de Ana, a empregada subalterna. O filme constantemente provoca a personagem, quase que numa condição de escrava. mas o tema já foi visto diversas vezes. Talvez para diferenciar dos filmes citados, "The quite maid" merecesse um pouco mais de adrenalina ou de convulsões sociais para se tornar mais eletrizante.
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