segunda-feira, 14 de outubro de 2024
O vazio
"Il vuotto", de Giovanni Carpanzano (2023)
Drama romântico LGBTQIAP+ italiano, "O vazio" é todo belo na embalagem: dois protagonistas que parecem modelos; lindas locações rodadas na Calábria, sul da Itália; direção de arte, tudo requintado. O roteiro trabalha o melodrama, e fala sobre o preconceito e homofobia na sociedade conservadora da região. Dois homens que se conhecem, se amam, mas não podem viver o seu amor.
Marco (Kevin di Sole) estuda teatro e quer ser ator. Seus pais são fazendeiros, mas não entendem a escolha profissional do filho. Giorgio (Gianluca Galati) é filho de um poderoso advogado, que quer que ele siga a carreira e se case com a filha de um homem poderoso. Quando Giorogio e Marco se conhecem, Marco o leva até seus ensaios de teatro, que acabam fascinando Giorgio. Mais do que isso: eles se apaixonam. Em segredo, vivem um romance tórrido. Mas Giorgio é forçado por seus pais ao casamento com Anna. Marco pressiona Giorgio para tomar uma decisão.
O filme poderia ser um bom drama sobre as difíceis paixões entre jovens ainda no armário. Mas a decisão artística do diretor, que para trazer elementos do teatro ao filme, traduz os sentimentos da dupla em performances bizarras: nús, cobertos por um voal transparente. A cena do sexo, a briga, a tristeza, todas essas cenas eles estão em um cenário branco com esse voal. Conceitualmente, não combinou com o restante do filme, e ficou estranhíssimo.
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