quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Rodas e eixo
"Shujiku", de Junpei Matsumoto (2023)
Drama LGBTQIAP+ japonês, "Rodas e eixo" tem no título a metáfora de um complemento necessário para que algo possa continuar seguindo um caminho, a roda e o eixo. Manami (Uri Suzuki), é uma jovem estudante, filha de família rica, com um pai político. Insatisfeita com a sua condição social e frustrada com a vida que leva, Manami decide ir com uma amiga até uma casa noturna de escort boys. Lá, ela encontra um jovem gay, o igualmente rico Jun (Masato Yano). Eles são apresentados ao garoto de programa Seiya (Atomu Mizuishi). A conexão é imediata, e os três formam um trisal. Mas o relacionamento a três torna a relação dos amigos Manami e Jun mais conflituosa, pois durante o sexo, uma das partes fica de fora.
O filme me remeteu aos filmes existencialistas de Anotnioni: problemas de pessoas ricas elevadas à última potência, diante da incomunicabilidade entre os familiares e pessoas próximas. Existe uma longa sequência onde Jun leva Manami para assistir a uma apresentação teatral de “Madame Edwarda”, de Georges Bataille. "Roda e eixos" é dividido em capítulos, e a sua longa duração e ritmo arrastado cansam o espectador. A bela fotografia acentua e retrata bem as cenas eróticas, e todo o design de produção traz o requinte necessário ao ambiente de luxo dos personagens.
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