sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Minha mãe é uma vaca

"Minha mãe é uma vaca", de Moara Passoni (2024) Exibido no Festival de Veneza e competindo na Mostra Orizontti, e concorrendo na Premiere Brasil do Festival do Rio 2024, "Minha mãe é uma vaca" traz no seu título, uma alusão ao clássico da comédia de Paulo Gustavo. Os dois filmes, tanto o curta quanto à comédia, têm como base a mãe batalhadora, feroz, corajosa. A roteirista Moara Passoni se inspira livremente na história de seus pais, ativistas políticos dos anos 70 e 80 e contrói a relação entre Mia (Luisa Bastos), 12 anos, e sua mãe ativista (Helena Albergaria). Temendo pela sua vida e pelo da filha, a mãe à envia para morar com a sua irmã, dona de uma fazenda no pantanal, onde cria gado. Mia reza para si mesma pedindo proteção para sua mãe. Na fazenda, ela procura se adaptar a um mundo novo, que ocorre ao seu redor e com o seu corpo, chegando na puberdade e à primeira menstruação. Os homens da fazenda, assim como a onça que cirdunda a região, procuram se aproximar de Mia, ameaçadores. Mia recua, tenta ligar para sua mãe, que não atende. Quando a vaca Amorosa não produz mais leite, Mia ouve que ela será abatida. Mia decide salvar a vaca e foge com ela, mesmo sabendo que a onça circuna a fazenda. O filme traz temas importantes como a luta ambientalista, através dos focos de incêndio e do ativismo, e também fala sobre os assédios contra uma menina que ainda procura entender o mundo em que vive. Um filme que é impregnado de drama, ma stambém poesia, realismo fantástico e muita melancolia.

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